Equipe do Samu auxilia em Brumadinho

Da Redação

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Oeste, responsável pelo atendimento em 54 municípios, entre eles Divinópolis, está trabalhando no atendimento das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho desde a sexta-feira, 25. Nove funcionários foram para o local. A equipe é formada por quatro médicos, três enfermeiros e dois técnicos em enfermagem. Todos foram buscados pelo Batalhão de Operações Aérea (BOA) no aeroporto Brigadeiro Cabral, em Divinópolis. Duas ambulâncias do Consórcio também foram enviadas para dar apoio no atendimento às vítimas.

Na própria sexta-feira, representantes de quase todos os Consórcios de Saúde para atendimento de Urgência e Emergência de Minas Gerais se reuniram na Cidade Administrativa. A discussão, com a presença de representantes da área da saúde do governo estadual, era o não repasse de recursos pelo estado.

Como noticiado pelo Agora na última semana, o diretor do Samu Oeste, José Márcio Zanardi, afirmou o atraso nas mensalidades do estado, responsável por 50% de manutenção do serviço. Até o momento, eram cinco mensalidades em atraso.

Durante a reunião na última sexta-feira, 25, o governo repassou uma parcela referente ao mês de dezembro, estimado R$ 660 mil O valor foi passado pelo Ministério da Saúde, que custeia uma parte do serviço e está em dia, de acordo com a Associação Mineira de Municípios (AMM).

— Esse repasse melhora um pouco a situação financeira do CIS-URG, mas ainda não resolve, pois os compromissos com folha de pagamento deste mês ficará em torno de RS 1,200 milhão, fora os encargos sociais, perfazendo um total de quase R$ 2 milhões. Ainda é preciso do recurso da parcela estadual que estão atrasados há quatro meses e meio, para manter em funcionamento as ambulâncias do SAMU Oeste — afirmou o Cis-Urg em nota.

O estado é responsável pelo pagamento mensal de R$1,6 milhão; já o governo federal repassa R$ 660 mil. A última verba paga por Minas foi o montante de R$ 808 mil, ou seja, 50% do mês de agosto. As cinco parcelas em atraso do estado contabilizam R$ 41,5 milhões.

Expectativa

A reunião não trouxe boas notícias em definitivo, mas deu esperança aos representantes dos Consócios.

— A demanda está encaminhada junto ao governo do Estado e esperamos que nos próximos dias a gente tenha a boa notícia do pagamento da parcela, pelo menos uma das parcelas devidas, a de dezembro, para que possamos dar continuidade ao funcionamento do SAMU Oeste dentro da normalidade — destacou Zanardi.

Já o prefeito de Andradas e diretor da AMM na região Sul, Rodrigo Lopes, ressaltou a importância dos repasses em dia para a continuidade em pleno funcionamento na região.

— A gente espera ter a previsão dos pagamentos, pois é bastante complicada a situação. O valor da dívida é significativo e o risco de colapso na prestação de serviços do Samu é iminente. A gente teve o compromisso do subsecretário de que haverá prioridade para os serviços de saúde não serem suspensos — afirmou o representante da AMM na reunião.

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