Entidades questionam projeto que altera IPTU em Divinópolis

 Da Redação 

Entidades representativas de classes provocaram vereadores e técnicos da Prefeitura de Divinópolis sobre as propostas de mudanças na planta de valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Empresários demonstraram descontentamento com a tramitação dos projetos que deverão ser votados até o dia 31 de dezembro e vigorar a partir de 2018.

O presidente da Comissão de Administração Pública Infraestrutura e Serviços Urbanos, Edson Sousa (PMDB), lembrou que audiências públicas têm sido feitas, como previsto no Plano Diretor. Porém, acrescentou que essas questões deveriam ter sido mais discutidas entre os conselhos da cidade.

— Este assunto deveria ter sido debatido antes de vir para a Câmara. Pois, do jeito que está, se aprovado, quebrará Divinópolis. Temos que conversar com o prefeito Galileu [PMDB] para que ele aceite nossas propostas e mude alguns itens do projeto — disse o vereador.

Índices

 A presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Alexandra Galvão, disse que os índices do projeto chegarão a um ponto no qual a sociedade não conseguirá mais pagar tantos impostos.

— É preciso rever esses cálculos do reajuste do IPTU. Nós enviamos um ofício solicitando os dados utilizados para calcular os novos índices e, a partir dessas informações, discutir novas propostas, com mudanças que não causem tantos danos à população — pontuou.

 Imoral 

Representantes da Associação de Advogados do Centro Oeste (AACO) afirmaram que a proposta é imoral, além de se considerar que irá mexer com a economia da cidade inteira.

A engenheira civil Maria Elisa Carvalho, da Prefeitura, respondeu a alguns questionamentos sobre os fundamentos técnicos realizados na elaboração do projeto.

— Chamamos alguns corretores de imóveis. O cálculo do valor do metro quadrado foi coletado através de uma pesquisa de mercado condicionado às variáveis influenciadoras — justificou.

 Para onde foi 

A secretaria de Fazenda, Suzana Maria Xavier Dias, disse que a arrecadação do IPTU em 2016 foi de R$ 24 milhões e só na área da Educação foram aplicados R$ 74 milhões.

— Essa é uma conta que não fecha. Nós não temos mais onde cortar gastos para economizar. É preciso que as pessoas entendam que esse ajuste é para equilibrar as contas do município e para que a administração possa, a partir do ano que vem, investir em asfalto, calçamento, obras e que haja o crescimento do município — finalizou.

 

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