Engraçado

Preto no Branco

Vira e mexe, os poderes Executivo e Legislativo afirmam não ter dinheiro para nada. No entanto, se fuçar bem, aparecem pagamentos feitos a fulano, esta ou aquela empresa, ou quantias pagas a certos serviços, muito além do valor de mercado. Divinópolis não foge a esta realidade. Acredite, esta falta de união que existe entre a Prefeitura e a Câmara não atrapalha nada disso. Basta procurar que acha.

Bem perto 

Quem acompanha os noticiários diários Brasil afora e vê denúncias e mais denúncias sobre pilantras que recebem o auxílio emergencial sem nenhuma necessidade não pense que esta prática vergonhosa está tão distante, não. Em nosso terreiro tem pessoas de famílias tradicionais, endinheiradas e até empresários. Como elas não têm consciência, amor ao próximo e, principalmente, vergonha na cara, resta a gente identificar e colocar a boca no trombone. Denúncias não faltam. 

Desilusão 

Enquanto isso, centenas de pessoas que realmente têm direito e precisam do valor, que seja de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para comprar o que comer, nem sequer conseguem se cadastrar, isso depois de três meses da implantação do programa. Outras milhares até desmaiam nas filas de agências bancárias ou lotéricas, após esperar horas em jejum. Trata-se de uma grande ajuda? Sem dúvida. Mas há inúmeras falhas e estas precisam ser corrigidas o mais rápido possível, visto que é impossível encontrar e barrar tantos aproveitadores sem escrúpulos que já conseguiram ou vão conseguir ainda tirar esse dinheiro das mãos – ou melhor, da boca – dos necessitados.

Incerteza 

Dia 15 de julho chegou, foi ontem, e ainda não se sabe se Minas Gerais está no pico da pandemia do coronavírus, se este ápice de contaminação chegará e até quando irá. O certo é que o estado aparece na faixa vermelha de contaminação pelo vírus, as mortes não param de crescer, os casos idem e a falta de vagas nos hospitais é maior a cada dia. O pior é que tanto empresários quanto a população – desta fazem parte os trabalhadores - vivem dias de ansiedade e incerteza, sem saber o que fazer e a quem recorrer. A consequência é o crescimento assustador na quantidade de desemprego e, aliado a isso, a falência de muitas empresas. No entanto, a culpa não é das autoridades responsáveis, que também dependem de diversos fatores para melhor avaliar o quadro. Neste momento, o ator principal deste espetáculo de suspense é a população, que, se continuar não fazendo a sua parte, a peça vista por todos pode ser de tragédia. 

Prevenção 

E para que o pior não ocorra, os poderes que representam o povo estão fazendo o possível. Neste sentido, não há outro caminho que não seja a prevenção. O exemplo mais recente vem Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois de adiar as eleições municipais em mais de um mês, seu presidente, Luís Roberto Barroso, optou por excluir a necessidade de identificação biométrica, por meio de impressão digital, neste processo eleitoral. A medida quer evitar o risco de contágio por covid-19. Uma parceria elaborará um protocolo capaz de reduzir drasticamente a contaminação durante a votação. Só falta, agora, cada um fazer a sua parte e vida que segue como der. 

Analisada 

A exclusão da biometria será incluída em resoluções para as eleições deste ano e devem ser apreciadas pelo plenário do TSE a partir do próximo mês, após a volta do recesso judiciário. Que, mais uma vez, prevaleça o bom senso. 

1ª vitória 

Por sugestão também do TSE e ainda em virtude da pandemia, o Congresso Nacional promulgou há cerca de duas semanas uma emenda à Constituição que adiou o primeiro turno do pleito 2020 de 4 de outubro para 15 de novembro. Pouco mais de um mês da data prevista anteriormente. Se será mantida, só o controle o vírus dirá, mas que a medida foi acertada, não resta nenhuma sombra de dúvida.

Comentários