Endividamento pessoal

Pesquisa sobre o endividamento e inadimplência do consumidor da Confederação Nacional do Comércio, mostra que cerca de 61 % das famílias têm algum tipo de dívida. Destes 61%,  cerca de 25% têm débitos ou contas em atraso e cerca de 10% dos endividados declaram que não terão condições de pagar. Todos esses percentuais estão crescendo ao longo do tempo.

A falta de conscientização do uso do crédito é tão grande que, dos 61% dos endividados, cerca de 76% declararam que a dívida principal é com o cartão de crédito, que tem as mais altas taxas de juros do mundo. Aliás, o cartão de crédito não é e nunca foi uma modalidade de empréstimo. A função do cartão de crédito é apenas facilitar o pagamento e nada mais.

Quem está endividado e não consegue pagar as contas pontualmente é porque está tendo um padrão de vida acima da realidade e deve procurar adequar o padrão de vida dentro da realidade o mais rápido possível, antes que essa situação se torne insustentável.

O grande problema é que o endividamento acima da realidade acaba trazendo dificuldade de produção no trabalho, por não conseguir concentrar adequadamente; traz também autoestima abalada, tristeza, angústia e até depressão. E, na tentativa de sair desse estado em que se encontram, muitas pessoas se descontrolam emocionalmente e acabam entrando numa situação insustentável. A única maneira para corrigir isso é adequar o padrão de vida à sua realidade. A seguir, sugiro três atitudes simples, mas muito eficazes, para que as pessoas possam manter as finanças em dia.

Três atitudes para manter as suas finanças em dia

Primeira

Tenha cuidado para não cair na tentação do crédito fácil e acabar comprando algo desnecessário só porque o crédito está disponível. Fala-se muito em juros altos no Brasil e é verdade, apesar das sucessivas quedas da taxa de juros, ainda somos um dos países de maior taxa de juros do mundo. Mas algumas lojas, com o objetivo de incentivar o consumo, financiam suas mercadorias em até dez vezes sem juros.

Muito cuidado: mesmo sendo sem juros, evite comprar mais do que você precisa. E muito cuidado também com os cheques pré-datados e com o crédito rotativo dos cartões de crédito, que estão entre os créditos mais caros do Brasil, juntamente com os créditos das financeiras.

Segunda

Faça um planejamento financeiro. Infelizmente, não faz parte da cultura do brasileiro o planejamento financeiro, e, com isso, muitas pessoas vão às compras sem saber exatamente quanto podem gastar. E como comprar é algo muito agradável, acabam gastando mais do que podem. Sem anotar os gastos, não é possível administrar bem o dinheiro. Fazendo o planejamento financeiro (que nada mais é do que a anotação de todos os gastos e receitas), as pessoas vão descobrir onde podem economizar e também se podem contrair alguma dívida de longo prazo.

Terceira

Procure adequar o seu padrão de vida à sua realidade econômica. Muitas pessoas insistem em manter um padrão de vida mais elevado e alegam que precisam ter mais qualidade de vida. Mas, se a pessoa gasta mais do que pode, o descontrole financeiro será inevitável e, consequentemente, terá uma baixa qualidade de vida, pois já está provado que o descontrole financeiro traz infelicidade, depressão, ansiedade etc.

Palestra sobre finanças pessoais na sua empresa

As empresas que valorizam seus funcionários e que se preocupam em prepará-los adequadamente sabem que é quase impossível que qualquer membro de uma equipe use de sua criatividade e desenvolva bem o seu trabalho quando seu psicológico está sufocado pelas dívidas.

Contatos: (37) 9.9987-9358 ou [email protected]

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