Empresariado confiante nas vendas do Dia das Mães

Data deve movimentar cifra próxima de R$ 24,3 bilhões nos segmentos do comércio e serviços

Da Redação

No próximo domingo é comemorado o Dia das Mães. Quem deve comemorar e muito são os varejistas, que consideram a celebração a principal data comemorativa do primeiro semestre e a segunda melhor do ano, em termos de faturamento, perdendo somente para o Natal. 

Embora a economia esteja ainda se recuperando em passos lentos e o desemprego em alta, a expectativa entre os empresários é alta. E a boa resposta para as vendas já ocorreu no último sábado, quando o comércio, apesar do feriado, abriu suas portas. 

— Foi um sábado com um certo aumento nas vendas. E esperamos que ao longo da semana elas venham a aquecer com a aproximação da data. Pelo nosso lado estamos com muitas ações nas redes sociais e também na nossa loja física. Estamos otimistas quanto à data, pois ela é tradicionalmente muito boa em termos de vendas — avaliou o empresário do ramo calçadista, Antônio Silva. 

Já para o empresário Marcelo Novais, as negociações foram boas dentro das expectativas para o dia apesar do feriado.

— O sábado geralmente é de um perfil de grande movimento para o comércio, o que se transforma em boas vendas. Esperamos que a semana seja a melhor possível, pois depois de tanto tempo fechado, temos na data a ótima opção de recuperar o faturamento — disse o empresário do ramo de material esportivo.

A dona de casa Elisa Costa saiu no sábado pela manhã já para pesquisar preços para o presente que pretende dar para sua mãe.

— Saí para pesquisar preços, aproveitando o movimento mais calma em relação ao que deve acontecer na véspera da data. Assim fico mais à vontade e sem enfrentar a aglomeração de última hora na compra do presente — disse Elisa.

Presentes

Calçados, roupas perfumaria e acessórios, como sempre, devem ser os campeões de vendas. E, como todo ano, o comércio aguarda um aumento nas vendas já a partir de hoje, com um ápice no próximo sábado, pela manhã, pois, como todos sabem, o brasileiro deixa tudo para a última hora. 

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Divinópolis, Heider Vitor de Freitas,  o Dia das Mães é a data mais esperada do comércio depois do Natal. Na sua opinião, o retorno à onda vermelha, permitindo a abertura das lojas para receber os clientes de forma segura, trouxe grande expectativa para as empresas.

— A intenção de compra neste ano é maior que a do ano passado e as lojas físicas são os principais locais na busca pelo melhor presente. Esse movimento é excelente para o comércio local e uma grande oportunidade para o lojista fazer um caixa e amenizar os prejuízos ocasionados pelo período em que o comércio ficou fechado. E os estabelecimentos estão preparados para receber o consumidor de forma segura e seguindo rigorosamente os protocolos de prevenção à covid-19. As pessoas estão voltando ao comércio e isso é importante. Sabemos que a recuperação da economia será lenta e gradual, mas a expectativa para a data é boa dentro da nova realidade e traz esperança aos empresários — avaliou Heider Vitor de Freitas.

Almoço

Uma outra fatia de mercado que deve ter aumento é dos prestadores de serviços, em especial os restaurantes. 

— Sempre abrimos as reservas de mesas para esta data e nossos clientes, já tradicionais, sempre comparecem. O cardápio sempre é especial para a data que reúne a família para celebrar. Esperamos um ótimo movimento no domingo, pois ninguém vai querer ver a mãe pilotando fogão no seu dia. E um dos pratos que tem mais saída é a tradicional parmegiana de bife de boi — revelou o empresário do setor de restaurante, Rolando Meneses.  

 Brasil 

O Dia das Mães deve aquecer as vendas pelos próximos dias. Levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, revela que 77% dos consumidores devem realizar pelo menos uma compra no período ‒ o dado fica bastante próximo dos 78% observados em 2019, antes da pandemia da covid-19.

Em números absolutos, a expectativa é de que aproximadamente 122,9 milhões de brasileiros presenteiem alguém neste ano, o que deve movimentar uma cifra próxima de R$ 24,3 bilhões nos segmentos do comércio e serviços.

 — O levantamento mostra sinais de crescimento das vendas em relação ao ano passado, retornando aos parâmetros de antes da pandemia, mas vemos que, diante da situação sanitária, de crise econômica e de desemprego, o consumidor brasileiro ainda está cauteloso na hora de gastar. De qualquer forma, a data se mantém como uma das mais importantes do varejo e o brasileiro mantém a tradição de presentear as mães, até mesmo como uma forma de compensar o distanciamento social imposto pela pandemia — destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

 

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