Empregos temporários são a chance para muitos

No Brasil, devem ser criadas 91 mil vagas no fim do ano

Jorge Guimarães

Com a chegada do fim do ano, muitos brasileiros vêem no emprego temporário uma chance para se efetivarem a partir de janeiro. Assim, o candidato que porventura conseguir uma vaga neste período vai ter que se desdobrar para conseguir ser contratado, pois as vagas são disputadíssimas. Mas cada empresa tem seu jeito de agir em relação a contratar ou não no fim do ano.

Há empreendimentos que não usam esta prática, a não ser em último caso. 

— Nós preferimos ficar com aqueles que batalharam com a gente durante o ano todo. Esta época é a hora de eles faturarem um pouco mais. E, se precisar, usamos o plano B, que são os nossos familiares — analisa a empresária Cláudia Silva.

Já em outra empresa, tradicional no mercado de Divinópolis, as contratações ainda são estudadas.

— Normalmente, aumentamos nosso quadro funcional em 5%, especificamente para vendedores, crediaristas e estoquistas. Estamos ainda analisando como será este ano, mas isso deve acontecer somente a partir do fim de novembro, pois nossos contratos são de 30 dias — explicou o empresário Júlio Célio.

Brasil

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o varejo deve abrir 91 mil vagas de empregos temporários e movimentar cerca de R$ 35 bilhões neste fim de ano. 

Números

A reportagem entrou em contato com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Divinópolis, que informou, por meio de sua assessoria, estar fazendo o levantamento do número de empregos temporários a serem efetivados na cidade. Mas, como de costume, os setores que mais utilizam dos empregos temporários continuam sendo o de comércio no geral, como o da moda, calçados e vestuários, como registram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

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