Empreendedorismo Cooperativo

Rosalvi Monteagudo

O empreendedorismo cooperativo é quando os cooperadores, que são donos e usuários do capital, se unem para que juntos façam uma cooperação econômica e tornem seu empreendimento sustentável para realizar uma estratégia de negócios de uma organização ligada à sua sobrevivência. Para que o empreendimento se torne viável é preciso que seja socialmente sustentável. Sem sobras e/ou lucro, o empreendimento não será sustentável nem sobreviverá.

È preciso aumentar o empreendedorismo para substituir os empregos perdidos e criar novas soluções focadas nas necessidades sociais; agora é o momento para mudar e suprir as reivindicações da área de atuação local/comunitária num momento em que governo, empresas e a  economia estão passando por problemas. É indispensável tomar uma direção diferente em que sejam solucionados os problemas de desemprego, concentração de renda e ambiental.

O neocooperativismo tem um exemplo de empreendedorismo cooperativo que pode suprir os empregos formais e informais que foram arruinados, pois, pode ser considerada uma solução para o desemprego. O maior problema é a busca da sustentabilidade este é o meio de resolver o empreendedorismo  precário que não consegue suportar seu negócio.

A cooperação econômica pode ser a solução, pois o capital que não é suficiente para se sustentar e tem, no financiamento, a possibilidade de suprir o negócio que é o combustível para o empreendedorismo. A iempresa de crédito pode ser uma alternativa.  Este é o meio de suprir as necessidades financeiras do negócio, para ficar o dinheiro disponível para o projeto de empreendedorismo. Isto deve ser feito com autonomia financeira sem interferência estatal que é próprio dos empreendedores cooperativos.

O Estado precisa cooperar com o cooperativismo para solucionar as necessidades sociais na área de atuação local/comunitária.  O Estado não deve ser assistencialista, mas colaborar para que o cooperador/dono se torne um empreendedor e para que não fique numa fila em busca de emprego. O governo precisa incentivar as empresas sociais, deixar a sociedade resolver os problemas sociais e colaborar com o financiamento nas empresas de crédito para solucionar os negócios dos empreendedores.

Não temos outra opção que não seja rever as regras dos princípios cooperativistas e tirar o papel de Estado Patrão e deixá-los livres para organizar a geração de trabalho com seu próprio capital integrando com as necessidades da sociedade em sua área de atuação local/comunitária.

O Estado deve mudar e criar novas funções e delegar à sociedade a organização do mercado de trabalho, através de apoio e estímulo. A liberdade da interferência Estatal em seu funcionamento é indispensável, pois reverte a situação; é este que está precisando do movimento cooperativo.

A doutrina da cooperação precisa ser revista para organizar o socioeconômico, adequando-o aos modernos meios tecnológicos, e criar seu Mercado Econômico Cooperativo – MECOOP, pois não existe velha nem nova economia, mas uma atualização a esta nova época, consequência da quarta revolução industrial e tecnológica.

A incapacidade do neoliberalismo em resolver o problema social e a utilização do capital como forma de intervir na sociedade cria a necessidade de reconsiderá-lo, uma vez que o social deve ser integrado com o capital.

O cooperativismo não está ameaçado; pelo contrário, fortalece cada país em particular por respeitar a geopolítica e organizar o social para um melhor aproveitamento econômico. A proposta conduz às necessidades de mudanças que buscam alternativas para torná-las viáveis para que seja possível interligar e unir uma organização técnica de uma extremidade a outra, ou melhor, de uma pertinência da necessidade de um indivíduo à relevância global.

Desta forma, propõe, discute e cria a Doutrina Econômica da Cooperação numa moderna revisão das regras dos princípios cooperativistas, motivo pelo qual estou revendo e relançando o livro “ Doutrina Econômica da Cooperação; Revisão das Regras dos Princípios Cooperativistas´ com o objetivo de colaborar com o socioeconômico.

 

  

 

Rosalvi Monteagudo é contista, pesquisadora, professora, bibliotecária, assistente agropecuária, funcionária pública aposentada e articulista na internet.

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