Emenda cai em conta e prefeitura deve quitar débitos da UPA

Rafael Camargos 

A emenda parlamentar do deputado Domingos Sávio (PSDB) depositada na última sexta-feira, 8, caiu na conta da Prefeitura ontem. O montante foi depositado no Fundo Municipal de Saúde será utilizado para quitar as notas em atraso dos médicos, bem como os fornecedores de insumos e medicamentos.

No início desta semana, a diretora de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Cristiane Silva Joaquim, já havia dito a finalidade do dinheiro.  

— Poderemos pagar a folha referente a outubro com vencimento em novembro e regularizar os insumos — afirmou Cristiane.

Nos próximos dias, a emenda do deputado federal, Jaime Martins (PSD) deve ser depositada. A verba já foi habilitada e aguarda cadastro e ser empenhada para pagamento.

Situação crítica

Há dois dias, um dos médicos que trabalha na unidade denunciou o descaso com a Padre Roberto, que apesar dos salários dos médicos em dia, os insumos importantes para o desenvolvimentos dos trabalhos de atendimento estavam escassos.

— Os salários dos médicos foram pagos, mas ainda estamos com diversos pacientes em macas nos corredores, pagamento de fornecedores e engenharia clínica atrasados e medicamentos na farmácia em estado crítico, e a Santa Casa ainda está no comando — comentou.

 Caos 

No último domingo, 10, por exemplo, todos os funcionários da limpeza não compareceram ao plantão, em razão dos atrasos no vale-transporte e no salário. Com a ausência dos servidores, a higienização da UPA e outros serviços como a troca de roupa das camas, ficaram prejudicados. De acordo com um médico que trabalhou
no fim de semana, as instalações sanitárias ficaram inadequadas para uma
unidade de saúde de atendimento de emergências. 

Na semana passada, os médicos da unidade realizaram assembleia e decidiram atender somente a casos de emergência. A medida tem por objetivo pressionar a Fundação Santa Casa de Formiga, gestora da unidade, a pagar os salários atrasados.

Na assembleia, os médicos também exigiram a rescisão do contrato de gestão da UPA firmado em 2012 entre o município e a Santa Casa.

 


 

 

 

 

 

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