Em tempos de eleições

Amnysinho Rachid 

 Estão chegando as tão faladas e discutidas eleições. Alegria de muitos e tristeza de um tanto. Não gosto muito de política, ou será que dos políticos? Pergunta que sempre nos fazemos e que quase nunca temos a resposta.

       Acredito sempre que somos errados por não sabermos muito sobre os políticos e o que fizeram e fazem para a população. Faça uma análise rápida e responda se você sabe quem são os vereadores da nossa cidade, quais foram os projetos elaborados por cada um e o que foi executado.

      Outro dia, fui até a Câmara e fiquei decepcionado com o que vi. Começou a sessão, com a abertura feita pelo presidente, e, neste momento, a maioria dos vereadores já estava de costas para ele, muitos conversando pelo celular ou com outras pessoas. Saíam e entravam sem nenhuma preocupação em escutar o outro. Fiquei espantado com a falta de educação, ou melhor, a falta de tudo, e o pior, não sabem escutar o que o outro tem para falar. Como conseguem resolver os problemas da nossa cidade se nem os mais simples da Casa não conseguem resolver?

       Saudade do tempo que ser político não era profissão, e sim boa vontade com o próximo.

       Sempre quando vai chegando esta época, me lembro que, antigamente, na minha infância, assim que acabavam as eleições, a apuração era feita no Fórum, que nesta época ficava ali na rua São Paulo, onde hoje está a Câmara Municipal. A via ficava empilhada de gente, a maioria de cabos eleitorais, cada um torcendo pelo seu candidato.

      Os votos de Carmo de Cajuru também eram apurados aqui, e, por ser um número menor, eram contados primeiros.  Me lembro que existiam uns grandes quadros negros com o nome de cada candidato, e em frente o número de votos, cada voto lançado a turma manifestava.

       Uma dessas eleições ficou marcada para mim, pois, na hora em que foi encerrada a contagem, a euforia foi geral. Pegaram o candidato que ganhou para prefeito e o levantaram nos braços. Lembro-me que nós, a meninada, corremos para ver de perto a folia.

      O berreiro foi enorme e o candidato numa alegria sendo jogado para cima levantava as mãos, mas, em certo momento, ele caiu, a turma parou e escutamos: “Ajudem, o sujeito desmaiou”... Abriram espaço e logo chegou uma água para ressuscitar o famigerado candidato, que, ao melhorar, foi logo falando alto e em bom som: “Isso é sacanagem alguém por baixo torceu minhas …”, vingança da turma que não aceitou a derrota.

      Nestas eleições, está tudo muito confuso, mas estou adorando esta ideia de não reeleger nenhum candidato, precisamos de caras novas...

     E nós continuamos aqui, na torcida por momentos melhores. TOK EMPREENDIMENTOS, rua Cristal, 120 Centro.




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