Em reunião com a Prefeitura, familiares cobram ação imediata para o desabamento que destruiu túmulos

Parentes reclamavam dos riscos já existentes na obra que desmoronou no sábado

Da Redação

A Prefeitura se reuniu, na manhã desta segunda-feira, 3, com familiares e orgãos que trabalham na reparação dos danos do desabamento do muro que causou a destruição de túmulos no Cemitério Central. 

Na primeira reunião do dia, as famílias que têm parentes enterrados nos túmulos danificados, conversaram com a Prefeitura e cobraram ações imediatas. Na segunda reunião, estavam presentes representantes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, o procurador-geral do Município Wendel Santos, além dos advogados da empresa  e o engenheiro responsável pela obra.

De acordo com a Prefeitura, os trabalhos realizados até o momento foram feitos na tentativa de estabilizar o local onde ocorreu o desabamento. Com as chuvas, o solo ficou saturado e será necessária a instalação de um talude de contenção, uma vez que o risco de um novo desabamento ainda existe.

Segundo a major Amanda Cristiane, o Corpo de Bombeiros está auxiliando nos trabalhos e chegou a sugerir a suspensão devido os riscos de segurança que o local apresenta.

 

Famílias 

Na reunião a Prefeitura se dispõs a cuidar dos restos mortais com a possibilidades de que eles sejam transferidos para o Cemitério Parque da Colina. A Prefeitura também informou a possibilidade de os familiares escolherem, por conta própria, um novo local para enterrar.

O Agora conversou com as famílias que compareceram à reunião. Muitos reclamavam do fato da obra já apresentar risco de desmoronamento. O senhor Celso Anacleto tem vários parentes enterrados nos túmulos que cederam e que estão debaixo da lama.

—  Estão falando que vão fazer um túmulo para colocar os restos mortais. Meus parentes, por exemplo, estão no meio da terra. A construção lá não fez um muro de arrimo, por isso caiu. Fizeram um muro pequeno que não aguentou. Aconteceu o que aconteceu por causa de imperícia — lamentou.

Os familiares se organizam para contratar um advogado numa ação conjunta. Um grupo de whatsapp foi criado para auxiliar na comunicação deles com a Prefeitura.

De acordo com o procurador-geral, a empresa envolvida se apresentou para esclarecer a questão. A Procuradoria do município entrará com uma ação cautelar que, segundo Wendel Santos, visa definir as responsabilidades e saber de quem ela será cobrada.

— O Município, de qualquer forma, vai procurar resguardar não só a memória dos que estão lá hoje, como o patrimônio público que nós temos que defender — afirmou.

Procurados pelo Agora, os advogados da empresa informaram que não estão autorizados a falar.

 

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