Em que você ainda acredita?

Batendo Bola

José Carlos de Oliveira 

[email protected]

 

Final de temporada é sempre época de as calculadoras entrarem em cena e os palpiteiros de plantão apostarem nos possíveis campeões, e nas torcidas que encerrarão o ano lamentando as derrotas e tudo aquilo que seu time deixou de fazer durante a temporada.

E é até gostoso que seja assim. Este exercício de futurologia dá um tempero a mais ao futebol brasileiro... seja nas rodas de boteco ou nas conversas de esquina.

A diferença é que para este ano as tais precisões estão acontecendo um pouco mais cedo. Ainda há muita água para passar debaixo da ponte, mas mesmo assim alguns palpiteiros de plantão já fazem suas apostas. Para desespero de muitos e alegria de poucos, a realidade deste ano aponta para poucas probabilidades.

O campeão 

Até três rodadas atrás, o Corinthians estava era com as duas mãos na taça. Estava esperando apenas o final de ano chegar para ir para a galera. Verdade ou mentira? Sim, esta era a grande verdade, mas agora as coisas mudaram um pouco de figura... Não tanto pelas derrotas em si, porque perder alguns jogos no Campeonato Brasileiro é algo mais do que normal e todos sabiam que a hora do Corinthians iria chegar. A diferença foi quando e para quem as derrotas aconteceram.

Ao perder em seu estádio para times que estavam na parte de baixo da tabela, deixou uma pulga atrás da orelha de sua torcida e reacendeu a esperança dos concorrentes na briga pelo título. Agora, o caminho está em aberto e muita coisa ainda vai acontecer até a última rodada.

Quem viver, verá?

Desespero 

Na parte de baixo da tabela, o desespero toma conta da torcida do tricolor paulista. Em penúltimo lugar na tabela, o São Paulo nunca esteve tão perto de ser rebaixado como agora. E olha que não é pelo time, pelo elenco que tem. É algo mais profundo e significativo que isso.

Se for pensar apenas no time, no elenco, o São Paulo sai desta com uma perna só. Sua equipe é infinitamente superior à de muitos concorrentes. O que acontece hoje é que a situação joga contra. Tudo começa a dar errado. A bola queima nos pés dos jogadores e a tragédia fica cada vez mais perto.

Bola para sair do buraco, o tricolor tem. Resta saber se o psicológico vai jogar a favor do time na reta final. E este sim, será o grande adversário do tricolor. Será o próprio São Paulo que irá se colocar na Série B. Ele é hoje o principal adversário dele mesmo.

MANGUEIRAS BRASIL 

Cem vezes Mano Menezes

Na partida de ontem contra o Grêmio, o técnico Mano Menezes completou 100 jogos à frente do esquadrão celeste, e sem muitos motivos para festejar. Na verdade, hoje ele é até questionado por boa parte da torcida e da mídia esportiva. E com motivos para isto... O Cruzeiro pode não ter o melhor elenco do Brasil, mas tem sim time para fazer mais do que fez até aqui.

Jeitinho brasileiro também no futebol

 A notícia em sites esportivos é a seguinte: “O diretor-jurídico do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, anunciou seu afastamento momentâneo do cargo que ocupou nos últimos anos - durante os mandatos dos presidentes Alexandre Kalil e Daniel Nepomuceno. Trata-se, na realidade, de uma movimentação política nos bastidores do clube para dar força ao projeto de construção do novo estádio do clube, no bairro Califórnia. Ele voltará a ser conselheiro eleito para ser mais um voto a favor no projeto que irá ao pleito em 18 de setembro. O Atlético não nomeará outro profissional para a função. Lásaro atuará de forma voluntária nas questões jurídicas pertinentes ao projeto da diretoria, nos próximos dias. Se quiser, poderá retornar ao antigo posto depois da votação do estádio”.

O que tem demais nisso? A bem da verdade, nada... É apenas mais um entre tantos ‘lances’ semelhantes que o brasileiro está se cansando de ver e assistir. Não é a toa que muitos membros da atual diretoria alvinegra estão envolvidos com a política. Já pegaram o jeitinho para fazer as coisas acontecerem do seu modo... Na dúvida, tratam logo de garantir mais um voto para seu pleito. Simples assim...

Qualquer semelhança com a política de Brasília nunca será mera coincidência...

Comentários