E segue o jogo

Aos poucos o cenário político começa a ganhar forma em Divinópolis. Em breve o eleitor começará a conhecer suas opções para votar em outubro. Mas, ao mesmo tempo em que o panorama se forma, com a confirmação da pré-candidatura de Marquinhos Clementino (Republicanos), por outro lado tem muito político fazendo joguinho de leitor e colocando um belo nariz de palhaço naqueles que vão escolher quem cuidará da cidade pelos próximos quatro anos. Isso nada mais é do que o velho jogo político. Fala-se tanto em renovação, em mudar a política, o rumo do país, da cidade, mas as atitudes são as mesmas de sempre. Até o momento, Divinópolis tem como certas as pré-candidaturas de Galileu Machado (MDB) – que tentará a reeleição – e Marquinhos Clementino. Especula-se, nos bastidores, que serão no mínimo sete candidatos a prefeito, mas, pelo que parece, os outros cinco estão apenas fazendo “hora” com a cara do eleitor, e, talvez, tentando atrapalhar o cenário que está para se formar.

Tem a possível candidatura de Cleitinho Azevedo (CDN), o que não se deve confirmar. Que ele tem vontade, não é segredo. Que luta por Divinópolis e ama a cidade, também não. No entanto, exerce o primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e é uma situação a refletir. Pois poderá ajudar mais Divinópolis como deputado, isso não resta dúvida. Nesta mesma situação encontra-se Jaime Martins (Pros) e Fabiano Tolentino (CDN), que utilizam o discurso: “se for da vontade do povo eu lanço a minha candidatura”. Só aí a cidade tem três políticos no mesmo barco, dançando a velha música, ou se deixando levar para onde o vento tocar a maré. A intenção pode ser boa, visto que avaliam primeiro todas as possibilidade, colocando os “poréns” na balança. Mas não se pode dizer o mesmo em relação ao eleitor, que espera, espera... E, ou fica indeciso, ou acaba escolhendo mal. Isso é fato. Fora esses cinco “pré-candidatos”, podem surgir surpresas, além de mais três que também se dispuseram a disputar a principal cadeira do Município. A verdade é que uma das conclusões que dá para se tirar desse novelo de lã é que a política está tão “velha” quanto antes. São apenas caras novas, com discurso renovado, mas que têm as mesmas atitudes. Não jogam às claras com o eleitor, que, cada vez mais apaixonado, se deixa levar pelas “boas intenções”. Outra conclusão é que a responsabilidade dos eleitores está cada vez maior, afinal, se uma de suas maiores exigências é a mudança e a renovação do cenário político, é bom que eles fiquem atentos, pois discursos bonitos e número exagerado de candidatos não tiram uma cidade do caos. Faltam atitudes coerentes e transparentes. Algo que, aliás, parece estar longe de acontecer, pois, se eles ainda não foram eleitos e já estão assim, imagina se chegarem ao poder.

O tempo de renovação pode ter chegado a outros segmentos, mas ele está longe da política. Sobra para o eleitor, que é feito de bobo a cada dois anos. Que é usado a cada processo eleitoral. É bom que todos estejam atentos para a próxima “pedra” que será mexida neste jogo, que apenas usa a população como uma peça de tabuleiro que pode ser colocada à frente ou ser esquecida bem atrás, quando bem lhe interessar. Afinal, o que importa é o poder, custe o que custar.

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