Drama Fashion

Wagner Penna

Os efeitos catastróficos do coronavírus na economia,  ganharam dimensões cataclísmicas no segmento da moda mundial – com quebra de sistemas produtivos inteiros em alguns países.  

   Um exemplo é o Vietnam – cujas lembranças da destruição na longa guerra com os EUA ainda não foram sanadas, mas que vinha se recuperando bem, economicamente, com a produção de confeccionados (roupas) para o resto do planeta. No mesmo ritmo, Paquistão e Índia dependem visceralmente do setor têxtil.

    O fato é que os compradores mundiais (na maioria, donos de gigantescas redes de varejo, como o espanhol Inditex, dono da Zara) simplesmente cancelaram os pedidos, porém as roupas já estavam prontas. Muitos, inclusive, nem vão pagar pelo produto – que já está pronto. 

   O desespero é maior porque cerca de 97% do chamado fast-fashion mundial (ou moda rápida, isto é, alta produção contínua) são controlados por apenas 20 empresas. E estão todas cancelando os pedidos.  Drama total.

VAIVÉM

  • A decisão final sobre realização ou não da feira Minas Trend (de outubro próximo), em Beagá, será tomada até 60 dias antes da data marcada. Primeiro,  será preciso ver como a capital reagirá à flexibilização de isolamento por causa da pandemia. É a informação que corre no circuito fashion mineiro.

 

  • Nem bem a onda do coronavírus baixou em alguns países, as lojas reabriram e testaram o novo mundo após o drama. A Chanel fez isso anunciando aumento de preços para os próximos dias. Resultado: filas em suas lojas, principalmente na Asia. Por lá, pelo visto, a turma superou a quarentena e ainda juntou bastante dinheiro.




  • PONTO FINAL. Os shoppings centers do nosso país estão reabrindo as portas, gradualmente. Atualmente, são 54 cidades com seus malls abertos. Em Beagá, está prometido a partir do dia 25 de maio, mas depende das variáveis de transmissão da covid-19 ser atestado pelos infectologistas. Traduzindo: vai abrir, mas pode fechar de novo. 
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