Dostoiévski

João Carlos Ramos 

  Dostoiévski

Fiódor Mickhailovitch Dostoiévski (Moscou/Moscovo - 11/11/1821 - S. Petersburgo) foi um escritor russo, nascido sob o signo de escorpião. Ele figura entre os maiores gênios da  literatura universal. Ainda jovem, por imposição familiar, ingressou na carreira militar, contrariando sua vocação, altamente revolucionária e criativa.

A princípio, em 1846, publicou o livro “GENTE POBRE”, que obteve louvor do maior crítico literário daquela época, Vissarion Belinsk (1811-1848).

Representante do realismo russo, deixou vasto patrimônio literário para as gerações futuras. Sendo contra a servidão de classe, logo se envolveu  no movimento revolucionário, liderado pelo intelectual  Petrashevski. Como resultado, logo se insurgiu contra o regime do Czar Nicolau, o que lhe  rendeu oito anos de trabalhos forçados,  na prisão da Sibéria. Após cumprir cinco anos, sua pena foi reduzida para serviço militar por tempo indeterminado. Durante a prisão, contraiu um ataque de epilepsia que o acompanhou pelo resto da vida, bem como a propensão à tuberculose. Em 1859, foi dispensado do serviço militar para tratamento de saúde. O período em que esteve na prisão foi crucial para seu amadurecimento como escritor. Em 1861, publicou “HUMILHADOS E OFENDIDOS” e, a partir daí, sua fama foi atingindo um grau muito elevado. Ao todo, publicou 27 livros, entre romances, novelas, contos etc.

Suas obras-primas  foram “CRIME E CASTIGO” e “OS IRMÃOS KARAMAZOV”. Sua vasta produção literária influenciou vários escritores de renome como Freud, Nietzsche, dentre outros. É considerado o pai do romance psicológico e filosófico, tendo penetrado na psique humana como ninguém por meio de seus personagens e aberto os véus comportamentais, ocultos até então. Lançou sementes para a implantação do regime comunista da União Soviética, implantado por Lenin (1870-1924). Sua importância também se estende ao mundo cinematográfico: "Quatro noites de um sonhador” (1971), “Páginas ocultas” (1994), “Partner” (1968), “Raskolkinov” (1923), “O sonho de um homem ridículo” (1992), “Os possessos” (1988), “Crime e castigo” (1970), “Irmãos Karamazov” (1969), “O idiota” (1951), “Noites brancas” (1957) etc. Antes de sua morte, se reconciliou com a igreja ortodoxa. Devo acrescentar algo de suma importância no campo literário: o irlandês James Joyce, autor do livro  “ULISSES” (considerado, pela crítica especializada, o maior romance  publicado no mundo), se dizia entusiasta e altamente influenciado por Dostoiévski.

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