Divinopolitana participa de filme nacional

Da Redação

A divinopolitana Mariana de Melo Pereira é filha do físico, pesquisador autônomo de neurociência e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Celson Diniz Pereira e da professora de história da Escola Estadual Joaquim Nabuco, Sânia André de Melo.

Mariana é formanda do curso de cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, Rio de Janeiro. Durante a graduação, ela participou de inúmeras atividades extracurriculares, como festivais, intensivos de férias e oficinas especializadas. Pelo seu esforço e dedicação, foi convidada a ser assistente da diretora de cinema mineira Petra Costa, com quem trabalha há mais de um ano.

Assistente de direção

Mariana participou ativamente como assistente de direção no longa-metragem “Democracia em Vertigem”. Depois de estar do Sundance Film Festival 2019, Mariana de Melo seguirá para Nova York, Berlim, Londres e Romênia.

O documentário “Democracia em Vertigem” está previsto para ser exibido no Brasil em maio deste ano. Para Mariana, assistente de direção de Petra Costa, sempre será um orgulho trabalhar com a diretora.

 Festival

Petra Costa, em uma produção da Netflix Originals, lançou o seu terceiro longa-metragem intitulado “Democracia em Vertigem” no Festival de Cinema de Sundence – 2019, que começou na última quinta-feira, 24, e termina no próximo domingo, 3. O evento ocorre em Park City, no Egyptan Theatre, nos Estados Unidos.

O filme concorre na categoria documentário internacional, com seis exibições previstas durante a realização do festival. O longa foi ovacionado e, nas exibições já realizadas, todos os ingressos esgotaram.

Democracia em Vertigem  

Filmado ao longo de três anos, o documentário revela os bastidores do processo político que culminou no impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016. As investigações da Lava Jato, a prisão do ex-presidente Luís Inácio da Silva, e a eleição de Jair Bolsonaro também fazem parte do enredo do filme longa-metragem de Petra Costa.

Nas palavras do crítico de cinema Maurício Costa, o longa não é um filme imparcial, e pode despertar paixão e ódio.

— Produzido pela Netflix, “Democracia em Vertigem” está narrado em inglês pela própria diretora, indicando que o filme parece ser dirigido mais ao público estrangeiro do que ao brasileiro. No Brasil, infelizmente, estará condenado a ser avaliado com o mesmo radicalismo que tem caracterizado o debate no nosso país. Não há dissimulações, não há invenções nem distorções. Há apenas a análise sincera e propositalmente subjetiva, que joga nova luz sobre a história recente do Brasil. Como filme, ele é envolvente e poderoso. Pode despertar paixão e ódio, mas jamais deixará o público indiferente. Considerando a boa reação e o envolvimento do público, bem como o investimento da Netflix, Democracia em vertigem estreia como grande candidato às temporadas de premiação — avaliou o crítico de cinema.

Palavra da diretora  

A diretora de “Democracia em Vertigem”, antes de embarcar para participar do festival, teceu alguns comentários sobre a produção. 

— Há três anos desci do meu apartamento para dar uma olhadinha em uma manifestação. Percebi que, enquanto eu dormia, meu país tinha se transmutado em outro. Entrei no buraco de coelho que durou 1001 noites.   “Democracia em Vertigem” acompanha o impeachment de Dilma Rousseff, a prisão de Lula e a eleição de Bolsonaro. Através de um olhar pessoal, mergulhamos em uma jornada na história da jovem democracia brasileira. Em muitos momentos, achei que não iria conseguir. Graças a parcerias de muitos, que viraram noite após noite, neste 24 de janeiro estreamos em Sundance  — disse a diretora Petra Costa, momentos antes de embarcar para os Estados Unidos.

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