Divinópolis tem redução nos casos de chikungunya

Neste ano foram quatro casos e apenas um foi confirmado

 

Rafael Camargos

Minas Gerais tem média de 94 casos prováveis de chikungunya registrados por dia neste ano. Balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta semana mostra que já são 16.738 em investigação.  A chikungunya pode ter provocado 13 mortes.

O aumento já é superior a 3.000% nos casos suspeitos de chikungunya em relação ao mesmo período do ano passado e deixa o estado em alerta máximo. 

A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é o transmissor da dengue e da zika. Em Divinópolis foram registrados quatro casos até o momento. Um foi confirmado e outros três aguardam resultados de exames.

No ano passado foram 16 casos na cidade. Deles, um foi confirmado e o restante foi descartado, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). A redução em 2017, na comparação com 2015, foi de 75%.

De acordo com o epidemiologista Osmundo Santana, o número de casos na cidade é inferior ao registrado no restante do estado. Para ele, além do trabalho desenvolvido, a população se conscientizou.

O especialista explica que no ano passado houve uma epidemia de doenças relacionadas ao Aedes, mas nesse ano está sendo diferente.

— Em Divinópolis, o número de casos esta bem a baixo do que vem sendo apresentado em todo estado. Esse achado está valendo para a dengue e o zika uma vez que o vetor é o mesmo. Em 2017 nós tivemos um maior combate. Todas as três doenças tiveram redução quando se compara com 2016. Dentre os achados, os casos de dengue, que também apresentaram redução — explica.

Dengue e zika

São 26.144 registros de dengue investigados. É o menor saldo de casos prováveis nos cinco primeiros meses do ano desde 2012. Seis mortes foram confirmadas pela doença e outras nove são investigadas.

Os casos prováveis de zika no estado somam 851. O número em 2016 foi superior a 2017, com maior incidência nos meses de fevereiro e março.

Brasil

O Ministério da Saúde acompanha os dados do último boletim epidemiológico, que aponta redução de 90,3% dos casos de dengue, 95,3% nos de zika e 68,1% nos de chikungunya em relação ao mesmo período de 2016.

O período de maior incidência das três doenças segue até o fim de maio. Por causa disso, afirmam as autoridades em saúde pública, todos os esforços de prevenção e combate ao Aedes aegypti devem ser mantidos.

A participação da população nesse processo é fundamental. Nenhum poder público pode enfrentar sozinho a eliminação dos focos do mosquito transmissor.

O cuidado dever ser constante. A eliminação de locais com água parada e criadouros com mosquito é essencial.

A redução nos casos dessas três doenças, apontada no último boletim, pode ser atribuída a fatores como a mobilização nacional contra as doenças e a maior proteção pessoal da população e a escassez de chuvas em determinadas regiões do país que desfavorece a proliferação do mosquito e a proteção natural que as pessoas adquirem ao ter alguma das doenças em anos anteriores. 

 

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