Divinópolis precisa de mais ipês

Augusto Fidelis

 

No período de 9 a 12 deste mês, participei na cidade de Aparecida do XI Congresso Mariológico Internacional, promovido pela Academia Marial, entidade da qual sou membro desde 6 de agosto de 2014. O tema que norteou todas as conferências, mesas e seminários foi a comemoraçãodos 300 anos de devoção a Nossa Senhora Aparecida. A Academia Marial promoveu o congresso em parceria com a PUC-SP e teve o apoio da Pontifícia Academia Marial do Vaticano.

Foi um evento lindo e de muita espiritualidade. O coro e a orquestra do Santuário Nacional participaram das missas de abertura e encerramento do congresso, além de uma noite artística, com lançamento de livros e da medalha comemorativa do tricentenário da devoção a Nossa Senhora Aparecida, com presença da Casa da Moeda do Brasil.

Na conferência de abertura, a doutora Maria Clara LucchettiBingemer justificou porque os brasileiros  são tão apegados a Nossa Senhora: “Maria é aquela que tem maior intimidade com o povo. Ela é aquela para quem os pobres podem fazer confidências e contar segredos. Ela é capaz de escutar e guardar tudo em seu coração. Ela caminha com os pobres por meio das duras sendas da vida (...). Ela compreende os problemas das mulheres, mesmo os mais íntimos e não se escandaliza com coisa alguma.”

Na conferência de encerramento, o bispo de Volta Redonda, dom Francisco Biasin, fez uma dissertação maravilhosa sobre a presença de Maria no Evangelho de São João, destacando que a sobra do vinho das Bodas de Caná da Galileia a bebemos até hoje, através do sacrifício de Cristo, renovado em cada Eucaristia.

Ao retornar-me, no dia 13, viajei durante o dia, e pude observar melhor a paisagem à margem das rodovias. Chamou-se a atenção as árvores de ipê amarelo aqui e acolá. Para a minha surpresa, o maior número de árvores concentrava-se nas proximidades de Divinópolis.

Ao conversar com o biólogo Cunha, servidor municipal da área do meio ambiente, uma surpresa: a Prefeitura de Divinópolis possui um viveiro com mais de duas mil mudas de ipê amarelo, roxo, rosa e branco. O que falta são os interessados em plantar. Então, por que não plantar nas praças, avenidas, sítios e fazendas?

Neste mundo cinza em que estamos vivendo, corroído pela violência, corrupção, roubalheira, num mundo em que a vida perdeu o valor, quem sabe uma plantação maciça de ipê amarelo, roxo, rosa e branco não daria outra cara a este planeta, a começar pela nossa comunidade?! Se ainda estivesse vivo, certamente diria Olavo Bilac: “Plantem ipês, meninos!”

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