Divinópolis perdeu para Formiga por vaidade, afirma Afonso Gonzaga
Gisele Souto
Afonso Gonzaga se despediu nesta quinta-feira, 24, da presidência da Regional da Fiemg. Em seu pronunciamento, apresentou números, falou de conquistas, crescimento, mas também do que deixou de fazer por falta de tempo e também de apoio. Citou algumas conquistas para exemplificar, como a ampliação das unidades do Senai na região que pulou de duas para 14.
Ao todo, 12 cidades receberam investimentos na ordem de R$ 36 milhões. Afonso Gonzaga falou ainda sobre a finalização dos estudos de ampliação das escolas do Sesi em Divinópolis e Itaúna, além da implantação das unidades de saúde e segurança junto à Regional Centro-Oeste.
Uma das conquistas citadas também foi a construção da sede própria da Fiemg em 2008, no bairro Esplanada, onde funcionam hoje todos os departamentos da Regional.
A despedida ocorreu em um café da manhã com representantes dos mais variados setores empresariais, da segurança, imprensa e entidades, como a Associação Comercial e Industrial de Divinópolis (Acid) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
Ego
Sobre sua sucessão, cuja gestão começa na próxima segunda-feira, ele disse a seguinte frase:
—Divinópolis perdeu para Formiga por causa da vaidade — enfatizou.
A afirmação é devido à chapa vencedora ter o formiguense Paulo César Costa, que assumirá o comando da entidade, no cargo de vice-presidente já que agora não tem mais presidente nas regionais do Estado. O mandato será de dois anos.
Já o presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário de Divinópolis (Sinvesd), Marcelo Ribeiro, assumirá, também por dois anos, ao fim do mandato de Paulo César.
— Tenho respeito pelo Afonso Gonzaga e pela sua história. Prefiro não comentar essa declaração. Nosso foco agora é começar a trabalhar para desenvolver ações e projetos focados no desenvolvimento da indústria regional — disse Paulo César, em resposta a afirmação de Afonso.
Afonso Gonzaga encerrou sua apresentação dizendo um “até breve”.
Será?
Ao término da apresentação de Gonzaga, o empresário Valdemar Amaral, do ABC, pediu a fala e fez rasgados elogios a Afonso e soltou uma informação recebida como surpresa por alguns.
— Te falei já e você não pode parar. É um grande líder, esclarecido e articulado. Você precisa nos representar numa esfera maior — disparou.
Questionado se ele se candidatará a algum cargo, Afonso Gonzaga respondeu:
— Não sei, quem falou? Isso pode ser brincadeira, já ouço há muito tempo. A política é muito importante em todas as esferas, o que temos que mudar é a nossa representatividade. Há uma constante permanência das atitudes que realmente não nos interessa. Temos de mudar, sim. Quem sabe ano que vem! — brincou.