Divinópolis não registra mortes por covid-19 há uma semana

Número neste mês é o menor desde novembro; ocupação dos leitos de UTI tem o índice mais baixo do ano

 

Bruno Bueno

Dias de luta, dias de glória. A música do cantor Charlie Brown Jr. define bem o momento que vive Divinópolis no aspecto da pandemia de covid-19. Depois de registrar, entre março e junho deste ano, o pior momento do vírus ‒ com fechamento do comércio, hospitais lotados e mortes diárias ‒ a cidade, que cada dia avança mais na vacinação, pode finalmente respirar, mesmo que de máscara.

 

Prova disso são dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) na tarde de ontem. Conforme a pasta, Divinópolis não registra mortes por covid há uma semana. A última vez que o município contabilizou óbitos pela doença foi na quinta-feira passada, 14, quando três pessoas faleceram por complicações do vírus. 

Desde o começo da pandemia, 649 mortes foram registradas, sendo 346 em homens e 303 em mulheres. Três são investigadas.

 

Redução

Até o momento, outubro registra 13 mortes por covid. O número é o menor desde novembro do ano passado, quando o município contabilizou dez. Para se ter uma ideia, 123 mortes foram registradas somente no mês de abril deste ano ‒ a média de 4,1 por dia fez com que o período fosse o mais fatal desde o começo da pandemia.

 

Ocupação

A queda na ocupação dos leitos de UTI também revela a melhora nos indicativos da covid na cidade. Segundo dados da Semusa, a taxa está em 14,81%, com 12 pessoas internadas entre os 81 leitos da cidade disponíveis para tratamento. Apenas três deles moram em Divinópolis. A taxa de ocupação, conforme levantamento feito pelo Agora, é a menor deste ano. Em março, a mesma taxa atingiu 100% na maioria dos hospitais.

 No setor de enfermaria, conforme a pasta, a taxa é de 28,83%. Dos 111 leitos totais, 32 estão ocupados. 

 

Pelo SUS

Foi divulgada também a situação dos hospitais que atendem pelo SUS. Conforme o Executivo, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto está com apenas 6% dos leitos ocupados no CTI, com duas vagas preenchidas entre as 30 disponíveis. Na enfermaria, a ocupação é de 34,38%, com 11 dos 32 leitos.

 A área atendida pelo SUS no Complexo de Saúde São João de Deus opera com 41,67% de sua capacidade, com cinco leitos ocupados entre os 12 no CTI adulto. Na enfermaria, dez dos 20 leitos estão ocupados, representando 50%.

                                             

Rede particular

A ocupação dos leitos na saúde suplementar também foi divulgada. O Hospital São Judas Tadeu tem três leitos ocupados entre os cinco instalados na unidade, o que representa 60% de ocupação. Já o Santa Mônica tem um leito ocupado entre os dois disponíveis no CTI adulto, o que equivale a 50%.

No Santa Lúcia não consta nenhum paciente com sintomas de covid-19 nos Centros de Terapia Intensiva. Já a área particular do Complexo São João de Deus atualmente opera com 10% de hospitalizados no CTI adulto, com um leito ocupado entre os dez disponíveis na unidade. 

 

Casos

O número de casos confirmados no município também apresentou redução. Conforme dados da Semusa, 345 pessoas foram diagnosticadas com o vírus no mês de outubro. É o menor número desde agosto de 2020, quando 397 casos foram confirmados. No total, desde o começo da pandemia, já são 21.540 registros, sendo 9.985 em homens e 11.555 em mulheres.

2.664 casos suspeitos foram notificados neste mês. Os levantamentos da pasta mostram que este é o menor registro desde outubro do ano passado, que apresentou 2.078 casos. Desde o começo da pandemia, 104.077 registros suspeitos foram contabilizados, sendo 46.884 em homens e 57.193 em mulheres. A média diária de internações em centros de tratamento intensivo registra o menor número desde junho do ano passado (19). Segundo a Semusa, até o momento, outubro tem 23 de pontuação na média.

3.996 casos foram descartados e 20.550 pessoas se recuperaram da doença na cidade. O ritmo de contágio marca 1,90. Isso significa que 100 pessoas contaminadas com a doença podem repassar o vírus para outras 190. A taxa de letalidade alcançou 3,01% e a de isolamento social não foi divulgada pelo Executivo.

 

Brasil

A melhora nos números também é notada no país. Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que o número de óbitos pela doença caiu 90% nos últimos seis meses. O boletim divulgado na última segunda-feira, 18, também mostra que a média móvel de mortes está em 379, a mais baixa desde o começo da propagação do vírus. 

 

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