Divinópolis julga 1º caso de feminicídio

Assassino de ex-namorada é condenado a 14 anos de prisão

 

Rafael Camargos

Foi condenado a 14 anos de reclusão, Thiago Mota Marciano de 31 anos acusado de matar a golpes de faca a ex-namorada, Suelen Carvalho Pereira, na época com 21 anos. O crime ocorreu em setembro de 2016. O caso foi o primeiro de feminicídio julgado em Divinópolis após a vigência da lei.
O acusado cometeu o crime na rua Guapé, bairro Bela Vista. Inconformado com o fim do relacionamento ele esfaqueou a jovem no pescoço e fugiu. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, porém não resistiu aos ferimentos.
As investigações da Polícia Civil começaram em outubro com uma reconstituição do crime que foi acompanhada por familiares e amigos de Suelen Carvalho Pereira, de 21 anos.

Julgamento
Para Marco Antônio Costa, promotor de acusação do caso, Thiago cometeu um homicídio triplamente qualificado.

— Ao assassinar a Suelen ele cometeu feminicídio, impossibilitando a defesa da vítima. Ele há matou uma semana após o término do relacionamento —  contou.

Primeiro caso

Considerada crime hediondo a lei foi sancionada em 2015.
E a condenação por este crime ocorre quando existem resquícios de violência domestica, familiar ou menosprezo e discriminação contra a condição de mulher.

A lei prevê, ainda, o aumento da pena em 1/3 se o crime ocorrer durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto, contra menor de 14 anos, maior de 60 ou pessoa com deficiência; na presença de descendente ou ascendente da vítima.

Condenação

Thiago Mota Marciano, condenado por crime hediondo, deve cumprir um período maior da pena no regime fechado para pedir a progressão a outro regime de cumprimento de pena semiaberto ou aberto. É exigido, ainda, o cumprimento de, no mínimo, 2/5 do total da pena aplicada se o apenado for primário; e de 3/5, se reincidente.

 

 

 

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