Divinópolis já registra dez casos suspeitos de dengue

Da Redação

O primeiro mês do ano está acabando e um problema antigo continua voando pela cidade: o mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado na segunda-feira, 21, pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Divinópolis tem dez casos registrados de dengue. Vale lembrar que os dados são registrados contabilizando a soma entre casos suspeitos e confirmados.

Cidade

Segundo o levantamento, Divinópolis registra dez casos de suspeita de dengue, ainda faltando uma semana para o fim de janeiro. Na primeira semana do ano, foram contabilizadas três suspeitas. Na semana seguinte, o maior índice: seis casos. Por fim, na última semana, apenas um caso suspeito consta no município, totalizando dez suspeitas em 2019.

Olhando para 2018, os números são parecidos, porém, mesmo sem uma alta significativa, é preciso ficar em alerta. No ano passado, no mesmo período, foram registrados nove casos suspeitos de dengue. Cinco casos na primeira semana, dois segunda e dois na terceira.

De acordo com os parâmetros estabelecidos, Divinópolis, com pouco mais de 230 mil habitantes, tem índice de infestação baixa: cerca de 4,26 casos a cada 100 mil pessoas. O ideal, claro, é o indicador estar no silencioso.

Liraa

Entre os dias 7 e 11 de janeiro, Divinópolis realizou o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa). Segundo os dados coletados, a cidade está com alto risco de epidemia de dengue, com 5,9% de índice de infestação. Segundo o Ministério da Saúde, acima de 4% já é considerado risco alto.

Os agentes de saúde visitaram 4.943 imóveis na cidade e em 294 foram encontrados focos do mosquito, sendo 90% em residências e outros 10% em lotes vagos. A maioria dos focos foi localizada em baldes, latas, recipientes de plástico e pneus, representando 38,6%.

As regiões com alto risco são Nordeste (9,7%), Norte (7,7%), Central (7,1%) e Sudeste (6,2%). Em média epidemia está a região Oeste (3,9%) e Sudoeste (2,4).

Em Minas

Entre casos suspeitos e confirmados, Minas Gerais já registrou 4.112 casos de dengue. Duas mortes estão em investigação, devido à causa provável de óbito em decorrência da doença.

— A SES-MG esclarece que um registro maior de casos é esperado para este período (meses quentes e chuvosos) devido à sazonalidade da doença. Dessa forma, o estado está em situação de alerta para esse aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo Aedes (dengue, chikungunya e zika) — informou a Secretaria no boletim.

No estado mineiro a situação tem se mostrado preocupante. Em 2018, durante todo o mês de janeiro, a Secretaria contabilizou 2.042 pessoas apresentando os sintomas da doença. Em 2019, o mês ainda nem terminou e o número já ultrapassou o dobro.

A situação mais grave é no município de Arcos. Com população estimada em quase 40 mil habitantes, a cidade tem 530 casos prováveis (suspeitos e confirmados) neste ano, e está classificada com incidência muito alta.  Outras sete cidades se encontram nesse indicativo, em que a incidência está acima de 100 casos por 100 mil habitantes: Mirabela, Unaí, Campo Azul, Guarani, Martinho Campos, Campina Verde e Várzea da Palma.

Divinópolis está entre as 230 cidades com baixa incidência de casos de dengue. Outros 590 municípios ainda não registraram casos da doença.

Dicas

Apesar da mudança nos números, os cuidados devem ser os mesmos. A principal atitude deve ser evitar o acúmulo de água em locais como pneus, vasos de água de animais e vasos de plantas. São importantes, também, outras ações simples, como tampar caixas d’águas, deixar garrafas com a boca para baixo e, se o terreno for propenso ao acúmulo de água, realizar a limpeza e drenar o líquido.

Outras medidas de prevenção incluem limpar bem piscinas, aquários, calhas e acumuladores de água. Colocar areia em vasos de plantas também ajudar a evitar o acúmulo de água e, consequentemente, um foco da dengue.

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