Divinópolis faz testes para diagnosticar leishmaniose em cães

Da Redação

Uma picada. Em seguida, a perda de pelo. O cão começa a perder peso, gramas e mais gramas de massa corporal. E, pior, feridas começam a aparecer na pele. Em casos mais graves, o rim perde sua eficiência. Assim age a leishmaniose canina. Podem existir outros sintomas. Há casos em que o animal se apresenta sadio por um período longo, mesmo portando a doença. Através de tratamentos é possível amenizar dor, mas não há cura.

Buscando ações de controle da doença, a Vigilância em Saúde Ambiental da Prefeitura de Divinópolis realizou testes para diagnosticar a leishmaniose visceral canina. Em 2017 a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) implantou na cidade o programa de Controle de Leishmaniose.

Números

Entre janeiro e outubro deste ano, foram 2.899 cães testados. Os dados, infelizmente, são tristes: 451 cachorros tiveram a doença confirmada. Ao todo, 393 deles foram eutanasiados, ou seja, por serem portadores de uma doença incurável, foram mortos de maneira não dolorosa.

O processo de eutanásia acontece no Centro de Referência de Vigilância em Saúde Ambiental (Crevisa), mediante autorização dos responsáveis.

Os outros animais diagnosticados positivos permanecerem com seus tutores, sendo necessária a assinatura de um termo de responsabilidade. De acordo com o termo, o dono (a) deve colocar uma coleira repelente no cão.

Processo

Os procedimentos são guiados pelo Manual de Vigilância e Controle de Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde.

Os cães são avaliados através de um teste de imunocromatografia rápida. Caso o animal teste positivo, amostra de sangue são coletadas para ser testada em laboratório e confirma ou negar a presença da doença. O exame laboratorial é realizado no Laboratório de Parasitologia da Universidade Federal de São João Del-Rei/ CCO, em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) de Belo Horizonte.

Casos em humanos

Desde 2007, foram confirmados 24 casos de leishmaniose visceral humana na cidade, sendo três óbitos. Neste ano, foram diagnosticadas ocorrências nos bairros São Judas Tadeu e Porto Velho.

Vale ressaltar que o cão não transmite a doença, seja por lambida ou contato com as fezes do animal. A leishmaniose é passada através da picada do mosquito-palha.

Prevenção

Além da já citada coleira repelente, é possível procurar clínicas veterinárias para a vacinação do animal. Medidas preventivas como telas milimetradas em portas e janelas também podem ajudar na prevenção.

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