Divinópolis é a 138ª em lista das melhores cidades para idosos

Entre os critérios analisados, menor pontuação do município foi na saúde

Ana Laura Corrêa

Em 2030, o país terá mais idosos do que crianças pela primeira vez na história, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando essa realidade que se aproxima, a pesquisa Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), feita pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e divulgada nesta terça-feira, 13, busca medir “o grau de preparação dos municípios brasileiros para a crescente longevidade de suas comunidades”. O objetivo do estudo é que “gestores, governantes e representantes da sociedade civil possam pensar em ações efetivas que promovam o aumento da longevidade com qualidade de vida nestas localidades”.

O levantamento analisou, nas 280 cidades brasileiras mais populosas, 50 indicadores, distribuídos em sete categorias ‒ habitação, saúde, bem-estar, cultura e engajamento, educação e trabalho, finanças, e dados gerais ‒ para apontar onde há melhores condições de vida para idosos. Divinópolis é o 138º município da lista. 

 Na liderança do ranking aparece São Caetano do Sul, no estado de São Paulo, seguido por Santos, Porto Alegre, São Paulo e Florianópolis. 18 cidades mineiras aparecem à frente de Divinópolis no levantamento: Belo Horizonte (15ª), Poços de Caldas (28ª), Muriaé (38ª), Uberaba (52ª), Juiz de Fora (55ª), Barbacena (82ª), Araxá (87ª), Varginha (90ª), Uberlândia (103ª) e Ipatinga (106ª), Governador Valadares (111ª), Passos (112ª), Conselheiro Lafaiete (114ª), Araguari (115ª), Patos de Minas (117ª), Pouso Alegre (123ª), Ituiutaba (125ª), Itabira (127ª).

Indicadores

Em relação ao levantamento de 2017, Divinópolis caiu posições no ranking. Naquele ano, a cidade era a 47ª melhor para idosos, mas em um número menor de municípios analisados ‒ apenas entre os 150 mais populosos.

Entre os sete categorias verificadas em 2020, a menor pontuação de Divinópolis ‒ de 28,4 ‒ foi justamente no segmento em que a cidade é polo: a saúde. Nessa variável foram considerados os números de médicos, psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas, quantidade de leitos existentes, leitos do SUS, internações clínico-cirúrgicas de alta complexidade, reabilitação, hospitais com unidade de neurocirurgia de emergência, cobertura municipal do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e razão de mamografias realizadas.

A segunda menor pontuação do município ‒ 32 ‒  foi em cultura e engajamento. Nessa categoria foram analisados os acessos à internet fixa, à televisão por assinatura, o número de casamentos de idosos e também de unidades Sesc. Já a terceira área em que Divinópolis obteve menos pontos ‒ 37,3 ‒ foi em finanças, que verificou a quantidade de agências bancárias, PIB municipal, nível de investimento na cidade, carga tributária, indicador de envelhecimento, Índice Social de Desenvolvimento dos Municípios (ISDM), contribuição com Previdência Social, percentual da população de baixa renda, renda da população de idosos e transparência municipal.

Em seguida, na variável habitação, com 46 pontos, foram considerados o acesso à rede de esgoto, densidade demográfica, percentual de participação dos grupos etários na população com mais de 65 anos, além da quantidade de condomínios residenciais e instituições de longa permanência para idosos.

A categoria bem-estar aparece na sequência, com 60,8 pontos, e inclui o levantamento do número de estabelecimentos de atividade de condicionamento físico, de lanchonetes, casas de chá, sucos e similares. Também são analisadas as ocorrências de diversos tipos de violência, acidentes com peçonhentos, suicídios, óbitos por fibrose ou cirrose hepática e, ainda, a quantidade de inscritos em planos de saúde dividida pela população com mais de 65 anos.

Melhores pontuações

A segunda categoria em que Divinópolis obteve maior número de pontos foi educação e trabalho, 62,7, na qual são analisados: taxa de distorção idade-série, de desocupação, docentes habilitados para ensino de idosos, número médio de horas-aula diárias e o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal ‒ nas áreas de emprego/renda e educação.

Por fim, a melhor pontuação da cidade ‒ 83,8 ‒ foi nos indicadores gerais, que consideram o número de homicídios por arma de fogo, a taxa de desemprego, o coeficiente de Gini, a quantidade de acidentes envolvendo ao menos uma fatalidade per capita e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) longevidade. 

Divinópolis apareceu no ranking das dez primeiras cidades somente no indicador do número de fisioterapeutas, ocupando o 7º lugar. A pesquisa completa está disponível no site do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.

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