Divinópolis ainda fora do Minas Consciente

Matriz própria é mantida como referência de avaliação do cenário na cidade

Da Redação

O governo de Minas anunciou na quarta-feira, 29, o Minas Consciente 2.0, com revisões para adequar melhor o programa às realidades dos municípios, principalmente os menores. Até a data, 375 das 853 cidades já haviam aderido ao plano. Divinópolis, porém, utiliza sua matriz própria e, até o momento, não faz parte da lista. O cenário pode mudar. A Prefeitura informou nesta quinta-feira, 30, ao Agora que aguarda uma posição do Estado para saber em qual onda se encontra.

— Aguardamos a manifestação do Estado para sabermos em qual onda a cidade estaria participando com essa reformulação — explicou a assessoria de comunicação do Executivo.

O motivo é que as mudanças passam a valer a partir de 6 de agosto, quando o Comitê Extraordinário Covid-19 divulgará as ondas a serem seguidas por cada microrregião.

O principal objetivo da revisão é tornar o plano menos genérico, possibilitando regiões menores a avançarem a flexibilização, mesmo com um número maior de casos na macrorregião. Para determinar as mudanças, o governo abriu uma consulta pública, que recebeu 630 contribuições, uma delas da própria Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Divinópolis. 

— Inclusive, a matriz foi enviada ao Estado durante a consulta pública realizada para a reformulação do Minas Consciente — ressaltou a Prefeitura.

Mudanças

A principal alteração feita pelo governo de Minas foi a definição da análise em microrregiões, em que será avaliado o tamanho da cidade, a logística de atendimento e a capacidade assistencial, agrupando municípios com cenários semelhantes.

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, explicou que a reavaliação do protocolo teve como base a aproximação das realidades locais, sem perder a avaliação dos critérios sanitário e assistencial.

— O objetivo é dividir o estado seguindo as microrregiões de Saúde e fundir as cidades que não possuem uma característica de independência assistencial àquelas vizinhas que já eram a sua referência. Isso permitirá que, dentro de macrorregiões, seja possível identificar as microrregiões que têm melhor ou pior desempenho médio. Assim, no caso de um pior desempenho, podemos ser mais restritivos. E no caso de um melhor desempenho poderemos permitir a evolução nas ondas — afirmou.

Dados locais

Divinópolis está com 6.328 notificações de coronavírus. Desse total, 1.026 foram testados: 662 confirmados, 340 descartados e 24 em análise. A secretaria também já confirmou 22 mortes e investiga outra. Dos 84 leitos de UTI exclusivos para pacientes com suspeita de covid-19, 28 (33,3%) estão ocupados. Outros 54 pacientes com quadro sintomático para a doença recebem tratamento em setor de enfermaria.

Avanços

Um dos setores que ainda não retomou as atividades de forma presencial são as escolas. O tema vem sendo discutido pelos membros do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus. Eles voltaram a debater sobre o assunto ontem. 

Na última quarta-feira,  representantes da educação nos cenários municipal, estadual e particular instaladas em Divinópolis abordaram a possibilidade do retorno das atividades presenciais nas entidades responsáveis pelas aulas no município. 

— Na reunião, foi apresentada a listagem contendo os protocolos de saúde e segurança que deverão ser seguidos por todas as instituições de ensino instaladas em Divinópolis, nos níveis de educação: infantil, fundamental, médio e superior — detalhou a Prefeitura.

O Executivo ainda reafirma que não há data definida para a volta das aulas presenciais, pois ainda é necessário garantir a segurança dos alunos, professores e demais funcionários.

— O retorno das aulas presenciais, ainda sem data definida, proporcionará mudanças estruturais no âmbito físico e dinâmico, de acordo com as necessidades de cada instituição, para resguardar a saúde e a segurança de alunos, professores e funcionários, evitando a contaminação por covid-19 — comentou.

O debate de ontem voltou a contar com a presença de representantes da educação para esclarecimento de dúvidas e definição das diretrizes finais para o funcionamentos das instituições. Finalizado, o protocolo será submetido à análise do comitê e disponibilizado para a comunidade escolar.

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