Divinópolis abriga maior oficina de de trens da América Latina

Da Redação

Divinópolis abriga a maior oficina de manutenção de material rodante da América Latina. Por mês, cerca de 270 vagões e 160 locomotivas são reparados no local. Se esse material fosse enfileirado, ele ocuparia mais da metade da ponte Rio-Niterói. São 55 mil metros quadrados (equivalente a seis campos de futebol) dispostos em dezenas de áreas destinadas aos mais diferentes reparos. As informações são da assessoria da VLI.

As locomotivas que chegam à oficina podem passar por um dos três tipos de checagem: inspeção, revisão intermediária e revisão geral. Nos dois primeiros níveis, elas são direcionadas para os galpões de reparos leves com capacidade de receber até 15 unidades ao mesmo tempo. Na checagem geral, a locomotiva é direcionada para a área de reparo pesado. O procedimento completo dura, em média, 20 dias. A mesma divisão aplica-se aos vagões que recebem reparos leves ou pesados a partir dos resultados das inspeções regulares.

Atualmente trabalham nas dependências da oficina, entre próprios e terceiros, cerca de 600 empregados, divididos nos mais diversos cargos: mecânicos, engenheiros, assistentes administrativos a gerentes. A unidade de Divinópolis também funciona como um celeiro de formação de mão de obra, valorizando os programas de porta de entrada, como o Jovem Aprendiz e o estágio, que têm parcerias com SENAI e outras escolas técnicas.

Conheça algumas curiosidades sobre o funcionamento dessa oficina.

Você sabia?

  1. A revisão intermediária de uma locomotiva dura cerca de 5 dias; 
  2. A cada 2 ou 3 anos, os vagões passam por uma inspeção completa;
  3. Além de locomotivas e vagões, uma série de máquinas utilizadas na manutenção da própria ferrovia recebe inspeções e reparos no local;
  4. No laboratório são feitas cerca de 300 análises de óleo e água das locomotivas. Dessa forma é possível prevenir problemas nos motores;
  5. A oficina foi fundada em 1916 e mesmo após diversas reformas, há prédios preservados na unidade. Eles abrigam auditório e o Centro de Especialização e Desenvolvimento (CED);
  6. O CED atua como um núcleo de formação para empregados que atuam nas ferrovias, nos terminais e nos portos. Entre 2012 e 2017, quase 14 mil qualificações foram ofertadas no local;
  7. A oficina mantém em funcionamento uma sirene, considerada como um relógio dessa região da cidade. Antes, o equipamento orientava os profissionais no trabalho. Hoje, ela funciona a pedido da comunidade local e é acionada dez vezes por dia (6h30, 6h45, 6h55, 7h00, 10h55, 11h 12h15, 12h30 16h55, 17h).
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