Dividir pra quê?

Duas eleições. De dois em dois anos. Sei que muita gente vai discordar, mas, em minha opinião, um processo desnecessário e cansativo.  Além disso, é caro e o eleitor, como sempre, é quem sai prejudicado.  Não somente pelo fato de ele ter que ir às urnas duas vezes, mas por ser deixado de lado pelo menos dois anos. Explico: independente de cargo que ocupe, o político trabalha apenas dois anos (quando trabalha). Os outros dois, ele começa a preparar o meio de campo para o próximo processo eleitoral.

Proibido

O imobilismo também é um grande estrago. Os eleitos tiram férias e, quando voltam, voltam os olhos para 2020, quando são obrigados a apoiar os amigos para as prefeituras e câmaras. E, como precisarão de votos, é proibido falar não até lá.

Para

Sem falar que, três meses antes das eleições, para tudo. Ah, e tem um detalhe: quando o atual é candidato, como é o caso do atual governo de Minas, a ordem é cortar as informações à imprensa, mesmo quando estas são permitidas pelas leis eleitorais. Neste pleito, até as polícias foram proibidas de passar informações. Precisa de mais motivos?

Tocado

Se a cidade tiver problemas crônicos, ixiii. É melhor deixar para lá. Pois exigem soluções morosas, aí já viu! O serviço precisa ser tocado, aí não rola. 

O que pega?

O país não aguenta mais processos eleitorais em tão curto prazo. Será tão complicado fazer uma eleição se não de 5 em 5 anos, que seja de 4 em 4 mesmo, para que se eleja de vereador a presidente? O que pega? O que falta? Com a resposta, os “manda chuvas” e aqueles que adoram uma “boquinha”.

Lula e companhia

Não é só o ex-presidente Lula que foi banido das eleições 2018. Dos 29.101 candidatos que pediram registro, a Justiça Eleitoral rejeitou 1.888, o que representa 6,5% do total. Os dados são do portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 173 candidatos foram julgados inaptos por causa da Lei da Ficha Limpa, aprovada no mandato do agora preso Luiz Inácio Lula da Silva.

Pendências

A falta de requisitos para registro - como a não comprovação de pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral e filiação partidária - foi o principal motivo para indeferimento de candidaturas – 75,46% do total de pedidos. Treze candidatos foram considerados inaptos a disputar as eleições por abuso de poder e outros cinco por gasto ilícito de recursos.

Cresceu

Mesmo com muitos impedimentos e renúncias, aumentou a busca pelas mamatas. Foram confirmadas 27.213 candidaturas, crescimento de 4% em relação a 2014, quando 26.162 disputaram as eleições gerais. Até agora, 682 candidatos renunciaram e três morreram.

Mais disputada

Embora o bicho pegue mesmo, principalmente nas redes sociais, para a corrida presidencial, a eleição para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) é a mais disputada: são 40,88 candidatos por vaga. São 24 cadeiras para 981 concorrentes. As 26 assembleias legislativas têm 1.035 cadeiras e 17.950 candidatos, o que dá em média 17,34 concorrentes por vaga. Para as 513 vagas na Câmara dos Deputados, são 8.595 postulantes (16,75 por vaga).

Reflete

Se o problema neste ano for escolher candidatos, os eleitores podem ficar tranquilos. Tem muitos postulantes disputando como podem o voto. Divinópolis serve como exemplo, juntando com uns três que moravam fora, ou residem em cidades próximas e buscam votos aqui, são pelo menos 18. A torcida fica para que pelo menos quatros deles, sejam eleitos. O problema é que essa divisão de votos, sei não...

 

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