Disputa pela Prefeitura começa a ganhar forma

Maria Tereza Oliveira

A corrida para a cadeira na Prefeitura ganha mais nomes a cada dia. O partido Republicanos deve entrar na disputa do Executivo com Marquinho Clementino. O nome do ex-vereador foi indicado no último sábado, 7, durante o encontro regional do partido. O pré-candidato já havia concorrido ao posto nas eleições de 2016, quando era filiado ao Pros e conseguiu o 2º lugar. Na época, ele obteve com 31,54% dos votos, o que correspondeu a 34.239 preferências. Quem também trocou o Pros pelo Republicanos foi o vereador Roger Viegas. Aos poucos, os pré-candidatos vão se revelando, mas, apesar de nomes praticamente confirmados, nos bastidores ainda há muitas negociações, tanto de possíveis pré-candidatos quanto de vices.

Pré-candidatos já conhecidos

A aproximadamente sete meses para o pleito municipal, os nomes postulantes à Prefeitura começam a surgir. Além de Marquinho, o empresário Fernando Malta (PSL) deve entrar na corrida, assim como o atual prefeito, Galileu Machado (MDB), que possivelmente tentará a reeleição.

O CDN foi o primeiro partido a afirmar que teria uma chapa, no entanto, os nomes dos possíveis ocupantes ainda não foram definidos. O deputado federal Fabiano Tolentino (CDN) deu a informação ainda em fevereiro. Na época, o político cravou a chapa e explicou que o nome favorito para concorrer era do deputado estadual Cleitinho Azevedo (CDN). Cleitinho, por outro lado, nunca confirmou seu nome.

Ao Agora, a assessoria de Cleitinho reiterou ontem que o deputado ainda não bateu o martelo e a situação segue a mesma. Desde fevereiro, Tolentino alega que, mesmo se Cleitinho recusar o convite, ele disponibiliza o próprio nome para a disputa.

Vices a decidir

Tão importante quanto o titular do posto, o vice-prefeito é de suma importância na Administração. Ele é substituto do prefeito  em caso de ausência por licença ou outro impedimento. Pode e deve exercer função dentro da Administração.

Apesar de alguns nomes de possíveis vices já pintarem nos bastidores, nenhum dos pré-candidatos revela as indicações.

Nesta Legislatura, Galileu enfrentou diversos pedidos de impeachments. Caso algum destes fosse aprovado, quem assumiria o Município seria o vice Rinaldo Valério (DC).

A relação dos dois, inclusive, foi protagonista de uma novela envolvendo um quase impeachment. O desafeto, que se tornou público, veio à tona um suposto encontro entre Rinaldo e o vereador Eduardo Print Jr. (SD), na véspera da votação das três denúncias de infração político-administrativa contra Galileu, apuradas pela Comissão Processante (CP). A visita do vice ao presidente CP levantou muitas perguntas e uma suposta traição de Rinaldo a Galileu ficou no ar.

Rinaldo negou veementemente qualquer tentativa de influência de votos contra Galileu. Mesmo assim, o chefe do Executivo contra-atacou e exonerou pessoas ligadas a seu vice, incluindo o então secretário de Esportes e Juventude (Semej), Everton Dutra, e os assessores de Rinaldo, Olinto Guimarães Neto e Marta Helena Tavares.

Sem Pros na Câmara

Roger Viegas anunciou que está de malas prontas também para o Republicanos. O vereador contou à reportagem que assinou a ficha de filiação no sábado e em breve seu nome deve ser homologado no novo partido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O outro vereador eleito no Pros, Marcos Vinícius, também não deve permanecer na sigla. Ao Agora, o edil contou que ainda não trocou de legenda, mas é fato que o fará dentro do prazo legal.

— Tenho algumas propostas e estou analisando ainda — esclareceu.

O Pros não deve contar com representantes na Câmara na próxima legislatura, já que, conforme Roger, não deve viabilizar uma chapa para o pleito de 2020.

A janela eleitoral – período em que vereadores podem mudar de partido para concorrer à eleição – permitida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se iniciou na última quinta, 5, e vai até 3 de abril. Dentre os 17 vereadores da atual legislatura, apenas sete – Dr. Delano (MDB), Eduardo Print Jr. (SD), Josafá Anderson (CDN), Matheus Costa (CDN), Nego do Buritis (Patriota) Renato Ferreira (PSDB) e Sargento Elton (Patriota) – cravaram a permanência em seus atuais partidos. No entanto, a maioria dos parlamentares ainda estuda as possibilidades e não sabe se mudará e a qual legenda se filiará.

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