Dirigentes divididos

Batendo Bola

José Carlos de Oliveira 

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Os clubes se reuniram na terça-feira na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF), em Belo Horizonte, para definir detalhes do Campeonato Mineiro 2019, em seu Módulo I, e pelo menos num ponto os clubes ‘menores’ foram os mais prejudicados.

Capitaneados pelos dirigentes do Boa Esporte, com apoio de Cruzeiro, Atlético e América, os dirigentes conseguiram elevar para cima a capacidade de público nos estádios, já para a fase de quartas de final, prejudicando os times mais pobres.

Exigir que os estádios na segunda fase tenham capacidade para 10 mil torcedores é o mesmo que elitizar o estadual. E ainda dizem que querem valorizar o torneio.

Me engana, que eu gosto. Fica evidente que este pessoal só enxerga o próprio umbigo, nada que não seja do interesse deles importa.

 MANGUEIRAS BRASIL 

Em pé de guerra 

A Massa alvinegra comprou, mais uma vez, uma briga com o comando do Galo. Na alça de mira dos torcedores estão o presidente Sette Câmara, o diretor Alexandre Gallo e os jogadores Cazares e Luan. A queda de rendimento da equipe no returno e o adeus precoce ao título do Brasileirão foram a gota d’água que faltava.

 Até o nome 

A revolta é tamanha que até o nome do diretor de futebol incomoda a alguns. Agora eles não admitem chamá-lo de Gallo (com dois eles), seu nome passa a ser Alexandre Tadeu.

 Um perigo 

Tudo bem que possam estar revoltados com o que o time vem apresentando nas últimas rodadas, mas daí a colocar no pacote jogadores que são patrimônio do clube vai uma grande distância. Luan e Cazares podem até ter seus problemas, mas não são os maiores culpados pela queda de rendimento da equipe. Muito mais há no meio do caminho.

E tem outro ponto a ser analisado. Como patrimônio do clube, eles têm é que ser valorizados, pois do contrário será o próprio Atlético quem sairá perdendo.

 Maior problema 

Com a conquista do hexa da Copa do Brasil e os compromissos da próxima temporada já definidos – com Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão na alça de mira -, a hora agora é de a diretoria do Cruzeiro sentar com o técnico Mano Menezes e planejar suas prioridades para 2019.

 Idade 

Um pequeno, mas importante detalhe deve ser colocado na mesa de conversações, e diz respeito à média de idade da equipe titular da Raposa. Tudo bem que a experiência do time foi importante na reta final na Copa do Brasil, mas com média de idade acima de 30 anos, não há como a Raposa jogar em alto nível todos os jogos. E é o calendário brasileiro o maior vilão nesta história.

 Solução 

O Cruzeiro pode até decidir por não abrir mão de nenhum ‘medalhão’, mas terá sim que reforçar o elenco com jogadores mais novos. Para se dar bem em 2019, o time precisará da experiência dos mais velhos sim, mas também terá que contar com a juventude dos mais novos, atletas em condições de suportar a maratona que vem por aí. A solução para se dar bem no ano que vem passa sim pela chegada de sangue novo no time.

 Torcida meio a meio

Ainda durante as discussões, no Conselho Técnico do Módulo I, a notícia que mais agradou a torcida mineira, é que as diretorias de Atlético e Cruzeiro já admitem sentar à mesa para discutir os clássicos com torcida meio a meio nos jogos futuros. E isto já para o Campeonato Mineiro 2019.

 Difícil 

A notícia pode até vir numa boa hora e ser a melhor que poderia se esperar, mas daí a acreditar que venha a acontecer vai uma grande distância. Com cada um puxando a sardinha para seu lado, à primeira contrariedade tratam logo de voltar atrás.

 Enquanto forem estes dirigentes que aí estão a tomar a decisão, será impossível que eles cheguem a um consenso. É pagar para ver...

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