Didática

Didática

Reunião entre Executivo e Legislativo, na última sexta-feira, serviu para a Prefeitura apresentar aos vereadores os detalhes técnicos do geoprocessamento. A exposição ficou a cargo do secretário de Fazenda, Gabriel Vivas, que ressaltou a necessidade de não se ficar nenhuma dúvida sobre o assunto. Encontro pontual e importante. No entanto, o entendimento não deve ficar restrito apenas aos dois poderes, porque, até agora, tem muita gente dos dois lados que não está sabendo, é de nada, ou, se sabe, não consegue transmitir. Desde que esse assunto voltou à tona, as explicações que têm chegado à população são muito técnicas, o que tem gerado vários questionamentos e dúvidas. Isso significa que as elucidações não estão claras. E não estão mesmo. Falta, especialmente, por parte dos discursos dos vereadores, uma linguagem mais didática para explicar o geoprocessamento e, consequentemente, as alterações nas cobranças do IPTU. Se está difícil para vocês entenderem, imagina para quem não conhece do assunto. Se estão com dúvidas – isso serve também para alguns integrantes da Prefeitura – tirem-nas, antes de falar.  Caso contrário, continuará esse lenga-lenga sem nenhum avanço.

Pressão funcionou

Sob pressão de representantes dos sindicatos das empresas e dos trabalhadores do Transporte Intermunicipal de Passageiros de Minas Gerais, que protestam em frente à Assembleia Legislativa, os deputados derrubaram o veto do governador Romeu Zema (Novo) ao projeto de lei que regulamenta o transporte fretado. A derrubada foi de goleada: 40 votos a 17. As discussões envolvendo o assunto começaram no início deste ano, quando o governo publicou um decreto regulamentando o serviço, inclusive o oferecido por empresas de aplicativo. Entre as principais mudanças, estava o fim do circuito fechado, ou seja, o veículo poderia levar um grupo de pessoas na ida e outro na volta. Mas, como era esperado, mais uma vez, não passou, como outras proposições. Afinal, mesmo a população mais carente ficando prejudicada, na maioria das vezes, desconhece o que realmente acontece nos bastidores políticos. Além disso, ano que vem tem eleições, e as empresas de transporte soltam “o que manda na frente” para as campanhas e representa muita gente que gera voto. 

Pegando no pé 

O deputado estadual Cleitinho Azevedo (Cidadania) vira e mexe é envolvido em algumas polêmicas devido à sua forma de atuar, isso, desde que era vereador – enfrenta neste segundo semestre – situações mais complicadas.  Depois de ser denunciado pela Defensoria Pública de expor crianças e adolescentes com fins políticos, enfrenta, agora, outra acusação semelhante. Postou em suas redes sociais um vídeo indignado com documento enviado, desta vez, pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) ao seu gabinete. O ofício detalha sobre denúncia recebida por meio da Ouvidoria e a abertura de investigação preliminar para apurar possível campanha eleitoral fora de época, por aceitar abrir o show de Marília Mendonça em Divinópolis, agendado para a última sexta-feira. Uma das bases da denúncia é um post de Cleitinho com a arte de divulgação do evento. A denúncia, que ainda não se sabe de onde partiu, aponta o caso como crime eleitoral, por se tratar de campanha fora do período autorizado pela Justiça. Pelas situações, não resta dúvida de que alguém ou um grupo desafeto do deputado está pegando no seu pé e com sérias intenções de tirá-lo do caminho. Não precisa ser adivinho para saber isso, basta analisar as situações. Nesse sentido, é possível confirmar também que Cleitinho incomoda e, quanto mais cedo prejudicá-lo, melhor será a conclusão desse objetivo. No entanto, uma coisa precisa se deixar claro e a pessoa (pessoas) que está à frente disso sabe muito bem, mas quer mesmo é manchar a imagem do deputado. Antes de ser político, esse era seu ramo de atividade. Além do mais, a proibição da propaganda extemporânea ainda não está em vigor. Se for assim, nenhum político que exerce cargo não pode fazer além do gabinete/casa/estrada/eventos?  Apesar da denúncia, Cleitinho promete continuar com o seu projeto de retomar suas apresentações musicais. E deve fazer mesmo. Até porque, no “fritar dos ovos”, as denúncias não devem ter seguimento por falta de embasamento, mas, daqui até o ano que vem, muita coisa ainda deve aparecer, não resta dúvida. 

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