Deu BO...

Preto no Branco 

...Literalmente, o que era para ser apenas uma entrevista coletiva do prefeito Galileu Machado (MDB), ontem pela manhã no Centro Administrativo. O tumulto começou quando o vereador Matheus Costa (CDN) chegou e não teria sido bem recebido. O clima esquentou quando a imprensa foi chamada a entrar no gabinete e Matheus foi barrado. Informações de bastidores deram conta de que Galileu não permitiu a entrada do vereador. Cá para nós, já era esperado.

Errou

Não é segredo para ninguém que Matheus é oposição ferrenha ao prefeito e foi quem iniciou toda esta história da usina de asfalto. No encontro há cerca de 15 dias entre o deputado Cleitinho Azevedo (também CDN) e o chefe do Executivo, quando se decidiu o destino do R$ 1,5 milhão viabilizado pelo senador Carlos Viana (PSD), Matheus achou melhor não ir. E a decisão foi acertada. Deveria ter feito o mesmo ontem. Até porque era uma coletiva de imprensa. Desta vez, Matheus, sua atitude não foi a mais sensata, como a anterior.    

Menos

Em seu discurso na reunião, Costa relatou a situação e afirmou que seus assessores foram agredidos, isso no momento em que filmavam o vereador sendo impedido de entrar.  Matheus ainda insinuou que o prefeito falaria algo que ele não poderia ouvir. No entanto, Galileu disse apenas o que uma nota anterior emitida pela Prefeitura explicava. A necessidade de se modificar o documento para se comprar as máquinas, como “estava acertado de boca”. E que o senador seja, no mínimo, avisado. Enfim, não era nenhum segredo, apenas uma coletiva de imprensa. Esta, ofendida em sua maioria pela afirmação do vereador, de que os veículos de comunição são órgãos oficiais do prefeito. Errou de novo. Segunda vez no dia e, desta vez, feio!

Birra

Concordo em partes com fala do vereador Sargento Elton (Patriota) durante seu pronunciamento, logo depois de Matheus Costa. É birra, sim, o que virou esta história da usina de asfalto e outros temas envolvendo o Executivo e o Legislativo. Mas não é só de um lado, não. Dos dois. E não está feio, não, está ridículo. Não se trata assuntos de uma cidade do tamanho de Divinópolis desta forma, com criancices e amadorismo. Nem Serra da Saudade, município mineiro minúsculo, o menor do Brasil, é tão mal representado. Nem iniciantes na política se comportam como boa parte dos representantes de Divinópolis vem se comportando nos últimos anos. É de chorar.

Palanque

Ninguém tem gosto igual, até porque, se assim fosse, não teria graça. Cada vai aonde quer, se diverte como pode. Agora, pelo amor de Dadá, usar o Pré-Carnaval como palanque político já é demais. Ora, números das autoridades de segurança mostram a redução significativa das ocorrências, em relação à festa do ano passado. Mas tem um detalhe: em 2019, o evento não tinha o apoio da Prefeitura. Então, estava tudo perfeito, tudo lindo. Ah, me ajuda!

Acorda

A população precisa para ontem aprender a distinguir discursos eleitoreiros dos de seu interesse. É ano de eleição e a coisa está feia. E não é pouco, não. O povo parece que foi hipnotizado, só pode. Raro se ver ou ouvir um discurso que não tenha um só objetivo: as eleições de outubro. Nada de interessante, apenas críticas e ofensas a fulano e beltrano. Isso para não falar dos buracos de ruas, como se Divinópolis fosse a única desse jeito neste período chuvoso e se fosse só ela a estar com os cofres vazios. Saber de tudo isso, todos sabem, mas as questões partidárias vêm em primeiro lugar. Acorda, gente, enquanto há tempo, ou vão esperar a cidade passar mais quatro anos nesta letargia política total. 

Difícil

Viu, Marcos Vinícius (Pros), fazer os políticos atuais enxergarem além dos seus próprios umbigos. E extinguir da vida pública aqueles que vivem para apagar fogo com gasolina. Nesta desunião que vivem há tempos o Executivo e o Legislativo, isso em todas as esferas da federação, dificilmente o povo, que os paga caro, terá algum retorno. Melhor brigar para aparecer e fingir que faz alguma coisa, e deixar a responsabilidade deles para as entidades e as igrejas. Afinal, agir desta forma, como deveriam, não enche o bolso. É jogar para a plateia, e ferro na população!

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