Destino da UPA nas mãos dos prefeitos

 

Da Redação

O destino da Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto (UPA 24H) pode ser definido hoje, 9. Uma reunião será realizada às 10h, na Fiemg em Divinópolis, e contará com a presença de vários prefeitos da Macrorregião que integram o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg), que gerencia o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Durante o encontro será discutida a nova gestão da Unidade. A UPA foi inaugurada em março de 2014, e desde então a sua administração é feita pela Santa Casa de Formiga.

No dia 13 de março de 2017, uma reunião foi realizada no Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD), e tanto os representantes da Santa Casa quanto os representando da Prefeitura de Divinópolis sinalizaram interesse em romper o contrato firmado em 2014. Em entrevista à Rádio Alternativa, em fevereiro deste ano, o prefeito Galileu Machado (MDB) chegou a afirmar que o hospital deixaria a administração da unidade no dia 30 de junho.

— Nós vamos destratar com a Santa Casa de Formiga. Já está para o dia 30 de junho, ela não será mais a administradora da UPA. Estamos analisando para quem nós iremos repassar essa administração para que não seja tão desastrosa como a Santa Casa de Formiga foi para essa Unidade de Saúde — criticou.

Em abril, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Warlon Elias confirmou que a possibilidade de o Cis-Urg assumir a gestão da UPA estava sendo estudada. A intenção é que a responsabilidade da gestão da unidade seja compartilhada com as demais cidades que também utilizam dos serviços em Divinópolis. Em nota, o Consócio informou que a possibilidade de o Cis-Urg assumir a administração da UPA surgiu após uma solicitação feita pelo prefeito Galileu Machado e do secretário de Saúde Amarildo Sousa, depois um estudo técnico realizado entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Consórcio.

Ainda conforme informou o Cis-Urg, ainda não há nada definido, uma vez a assumir a gestão da Unidade deve ser discutida e aprovada em uma assembleia, com a participação de todos os prefeitosconsorciados. Fazem parte do Consórcio os 54 municípios do centro-oeste mineiro.

— Caso seja aprovada, a Prefeitura e o Consórcio vão fazer um processo detransição que considere todos os procedimentos necessários para umagestão eficiente, incluindo as necessidades de contratação dos profissionaise cessão para o Cis-Urg dos servidores efetivos da UPA – pontuou.

Além dos prefeitos da região, participarão também do encontro a Comissão de Saúde da Câmara e o Conselho Municipal de Saúde.

Funcionários

Os funcionários efetivos da Unidade temem que, com a transferência da administração, cerca de 144 concursados sejam prejudicados, caso não esteja mencionado em contrato a incorporação dos funcionários junto a nova gestão. Com a possibilidade de transferência, alguns médicos se reuniram nessa terça-feira, 6, com os vereadores na Câmara, para solicitar que a mudança dos profissionais de local não ocorra. O presidente do Conselho Municipal informou que a alteração não ilegal, e causaria uma economia da folha de pagamento, uma vez que o servidor efetivo tem um custo maior na UPA, devido aos benefícios do serviço de urgência e emergência.

Warlon destacou que apesar de a transferência gerar uma economia ao Município, por outro lado poderia trazer riscos aos pacientes.

— Quando se troca funcionários que têm uma longa experiência em urgência e emergência e por novos profissionais, por mais experientes e competentes que sejam, eles não têm condição de acompanhar aquela rotinaque a UPA tem —avalia.

 

 

 

 

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