Desastres

Preto no Branco

Rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, surto de dengue, zica e chikungunya, de sarampo, intoxicação com cerveja e por aí vai. Os tempos não têm sido bons para nossa Minas Gerais. Como se não bastasse, a temporada de chuvas no estado chegou causando tragédias e muito sofrimento. Já houve mortes, inundações, alagamentos e muita perda material, que não devem parar por aí. Há previsão de muita água hoje. E como tem gente na torcida para que as previsões meteorológicas falhem desta vez. Chega de sofrimento!

A culpa

Claro que é impossível evitar as catástrofes naturais, mas prevenir as consequências, isso há como. Se as cidades invadiram o meio ambiente, construíram à beira de córregos e rios e em cima de barrancos, aí já se fugiu do controle natural.  O pior é que faz tudo isso errado e não se tem uma infraestrutura adequada para suportar os grandes volumes de água, o granizo e as grandes ventanias. E a culpa é de Deus? Da natureza? Absolutamente do povo, em sua maioria, por falta de conhecimento ou necessidade, mas principalmente irresponsabilidade de seus representantes, que permitem, na maioria das vezes, em troca de favores ou votos.

Evitáveis

Se não fosse desta forma, sem dúvida grandes tragédias poderiam ser evitadas. Essa história de achar que acontece em outro lugar e outras pessoas, mas comigo não, “já morreu de velho”. O dia em que o brasileiro e, consequentemente, seus representantes aprenderem que prevenir é bem mais vantajoso do que remediar, talvez, esta realidade mude. Os rompimentos das barragens mostram isso. No entanto, o que significa a perda de algumas vidas para quem adora o dinheiro acima de tudo?

Monitorados

Como os órgãos federais e estaduais, a Defesa Civil de Divinópolis, onde há cerca de 50 pontos de áreas de riscos e um rio que corta a cidade, traçou estratégias em uma reunião, ontem. Estão mobilizados? A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e algumas secretarias da Prefeitura. E não é para menos, são 18 quilômetros de extensão do Itapecerica dentro da cidade. Além disso, tem diversos córregos afluentes que contribuíram para o transbordamento do rio em anos anteriores. Os mais vulneráveis? Os ribeirinhos, que já são monitorados. Pelo menos estão cientes. Quando há uma tromba d´água, por exemplo, não dá tempo para nada. Todo cuidado e alerta, em situações como estas, ainda é pouco.

Chance

Problemas de lá, de cá e acabam se esbarrando na política. Afinal, os representantes do povo são eleitos exatamente para cuidar de situações como esta, ou pelo menos amenizar. No entanto, não é bem isso que vem ocorrendo nos últimos anos. A realização de obras pelo Executivo e as cobranças do Legislativo se transformaram em palanque eleitoral, brigas por poder e, principalmente, conquistas pessoais por parte deles. Vale lembrar que, neste ano, a população terá mais uma vez a oportunidade de mudar esta realidade. Afinal, tem eleições e só depende dela.

Perto

E a oportunidade de mudança se aproxima a cada dia. Faltam menos de nove meses para o eleitor ir às urnas escolher seus novos prefeitos e vereadores. “Seus” porque é ele que paga os salários, e gordos, diga-se de passagem. E é muita gente. Em Minas Gerais, por exemplo, dados da primeira semana de janeiro, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mostram que são 15.685.446 eleitores, em 853 cidades. Só não faz uma revolução se não quiser!

 

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