Dar tempo ao treinador

José Carlos de Oliveira

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Com novo treinador e jogadores recém contratados, o Cruzeiro começou a nova temporada ‒ que se inicia agora por causa da pandemia da covid-19, que levou os torneios de 2021 a serem encerrados apenas no início deste ano ‒ sem mostrar tudo que pode e sabe, e por isso mesmo já aparecem no radar da Raposa os críticos de sempre, comentaristas esportivos de rádio e TV que gostam é de colocar mais lenha na fogueira. Torcem sempre contra, para dar tudo errado, apenas para terem o que criticar, afinal, falar mal do clube celeste parece dar ibope para essa “tiurminha”.

Sem tempo

Com novo comando, novos atletas e nova filosofia de jogo, não há como se encaixar tudo de uma hora para outra, há que se dar tempo para que as coisas entrem realmente nos eixos e que todos possam se acostumar com a nova filosofia de trabalho. Mas não é isso que acontece. Para esse pessoal, o time tinha que estar era voando e jogando futebol de alta qualidade. Como isso ainda não é uma realidade para o momento, já chovem críticas de todos os lados, para cima de Felipe Conceição e dos atletas.

Novo time

Ora bolas, o que quer realmente esse pessoal? Pela reestruturação que vem sendo feita na Raposa para esta temporada, com uma mudança por completo na cara do time – desde novos nomes à forma de jogar da equipe – não há como fazer cobranças nestas alturas do campeonato, tem que dar tempo para que todos possam assimilar o serviço e para que coloquem em prática suas reais qualidades técnicas. Cobrar apenas por cobrar nunca foi e nem nunca será o melhor caminho para ninguém, até mesmo para determinados coleguinhas da imprensa, que só sabem criticar e estão é perdendo o pouco de crédito que ainda tinham com a China Azul. 

Para o gasto

E por tudo que aconteceu nos últimos dois anos, e pela situação crítica em que ainda se encontra o clube estrelado, todos sabiam que a vida ainda seria difícil em 2021 e que seria preciso muita paciência para que seja montado um novo time. E, pelo que foi mostrado até aqui, e com os poucos recursos que o clube dispõe de momento, até que está de bom tamanho. O futebol pode ainda não ser aquela Brastemp, mas já é bem melhor do que foi mostrado sob o comando de Felipão, que priorizava a marcação em detrimento da técnica, toque de bola e do ataque, maior característica da Raposa ao longo dos anos. 

Tem muito para evoluir

Com um novo time sendo montado, e alguns jogadores ainda sem mostrar seu potencial, há que se dar tempo para que todos, a começar pelo treinador, mostrem seu trabalho – e só depois, se não mostrarem evolução, cobrar resultados. Fazer isso agora, com poucos dias de trabalho, é muita covardia e falta de Inteligência deste pessoal.

Foram contratados bons nomes e dá, sim, para armar uma boa equipe, então que esperem os próximos capítulos para então dar seus “pitacos”.

Galo a mil por hora

Quatro rodadas do Campeonato Mineiro, com 100% de aproveitamento, em quatro vitórias, 12 gols marcados e apenas dois sofridos é a história do Atlético neste início de temporada, com o time voando a mil por hora e despontando como favorito ao título do estadual – e com força suficiente para brigar pelas primeiras colocações em todas as competições que vai disputar na temporada.

Boa dor de cabeça

Se a equipe já alcança estes números com os chamados “reservas”, imaginem então com os titulares, que estão sendo poupados, mas já voltaram aos treinos e podem ficar à disposição da comissão técnica interina para a partida da próxima sexta-feira, no Mineirão, contra o Coimbra. Aí, sim, é que dará para vermos mais de perto o que realmente o Galo terá a mostrar nos próximos meses.

O técnico Cuca e seu auxiliar Cuquinha, que ainda nem assumiram o cargo por causa da enfermidade de sua mãe em Curitiba, em estado crítico com covid-19, é quem deve estar feliz da vida (apesar dos pesares) com o material que terá em mãos para trabalhar.

Briga boa?

Mesmo que em algumas posições o time alvinegro ainda vá precisar se fortalecer mais, na maioria do time o Galo está muito bem servido, e Cuca terá trabalho para escolher os onze titulares, com muita gente boa não sendo relacionada para os jogos, nem mesmo para compor o banco de reservas.

E é aí que mora o perigo... Se souberem administrar o vestiário todos estarão numa boa; se não, muitos problemas podem surgir. 

O negócio é esperar os próximos capítulos e torcer para que tudo vá bem para os lados da Cidade do Galo.

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