Dando a volta por cima

No início da temporada, quando o Cruzeiro manteve uma longa invencibilidade e estava nos braços de sua torcida, um nome despontava na Toca da Raposa: o do garoto Cacá. O técnico Mano Menezes apostou suas fichas no jovem zagueiro da base, de 20 anos, e futebol ele mostrou ter para seguir entre os profissionais.

Deslize

Mas o bom momento subiu à cabeça do garoto, que não se cuidou como devia na vida pessoal, e seu vacilo jogou por terra todo o trabalho até ali realizado, colocando em risco seu futuro como jogador de futebol.

Pego em flagrante, ao lado da namorada, na orla da lagoa da Pampulha, com cigarros e buchas de maconha no carro, o jogador perdeu espaço e acabou retornando à base.

A lição

Agora, com a chegada de Rogério Ceni, o garoto volta a ter oportunidades para mostrar seu valor e dá mostras de ter aprendido a lição. Escalado no lugar de Dedé nos dois últimos jogos do time azul, ele mostrou novamente seu valor e que pode, sim, ser muito útil ao clube estrelado. Mas o melhor de tudo foi ele demonstrar com ações e atos ter aprendido a lição.

Exemplo

Escalado para conversar com os jornalistas esta semana no CT, Cacá não fugiu do assunto quando questionado sobre o episódio com as drogas. E, pelas suas palavras, nota-se que o garoto realmente aprendeu com seus erros. E o melhor de tudo é que agora ele pode servir de exemplo para seus companheiros de clube, e até mesmo para outros atletas que vivem ou já viveram a mesma situação.

Drogas, não

Errar, sim, persistir no erro jamais. A vida de um jogador de futebol é curta e seu futuro depende muito de saber lidar com as pedras que aparecem pelo caminho. E droga e esporte (seja ele qual for) é algo que nunca combina.

MANGUEIRAS BRASIL

Foto: Ale Cabral/CPB

Matheus Rheine, José Luiz Perdigão e Wendell Belarmino, pódio completo nos 100m livre da natação na s11

Da decepção à superação

O esporte é a melhor saída para quem deseja mesmo superar uma dificuldade. Esta é uma verdade que muitos insistem em ignorar, mas que alguns vivem para valorizar e eternizar. E no parapan de Lima, no Peru, estamos assistindo a muitas histórias de superação, de pessoas que de repente perderam tudo, mas que renasceram para a vida através do esporte.

Este é o caso da hoje atleta de tênis de mesa, Cátia Oliveira (bronze em Lima), que ficou paraplégica em um acidente de trânsito, quando vivia o maior sonho de sua carreira como jogadora de futebol, a convocação para a seleção brasileira Sub-17.

Líder absoluto

E o Time Brasil segue firme e forte nos jogos parapan-americanos de Lima, no Peru - com muitas outras histórias iguais a dela -, e não deve encontrar maiores dificuldades em manter a primeira posição geral no quadro de medalhas, algo que conquistou pela primeira vez em 2017 e desde então vem mantendo, e até aumentando sua superioridade sobre os demais países das Américas.

Até o fim da noite de terça-feira, o Brasil já tinha conquistado 159 medalhas em Lima, sendo 58 ouros, 53 pratas e 48 bronzes, na primeira posição, superando o segundo colocado, que são os Estados Unidos, em nada menos que 50 medalhas (159 a 150 – nos ouros 58 a 41).

Soberania

E a superioridade do Time Brasil sobre os demais países em Lima é tão grande que em muitas provas (natação e atletismo) o pódio foi todo verde e amarelo – com ouro, prata e bronze. E isto é algo que deve ser festejado por todos os brasileiros, e não apenas pelos medalhistas.

Comentários