Crimes de estupro chegam a 29 em Cajuru

 

Da Redação

Um crime que choca, causa indignação e destrói a vítima e as famílias tem ganhado notoriedade em Carmo do Cajuru. Desde 2017, quando o delegado Wesley Amaral assumiu a delegacia, a Polícia Civil (PC) tem atuado de forma incisiva no combate a crimes que violam a dignidade sexual de menores e pessoas vulneráveis, na cidade. Um relatório feito pelo delegado aponta 29 casos de crimes desta natureza desde a data que assumiu até o momento. O número de registros é semelhante aos de Divinópolis, que, no entanto, tem uma população dez vezes maior do que a cidade vizinha.

As atuações específicas da PC integram ações que vão desde o monitoramento pessoal de suspeitos até análises feitas pelo setor de inteligência nas redes sociais de possíveis vítimas, bem como agressores suspeitos. Ainda como forma de ampliar a rede de proteção contra estes crimes, a PC mantém constante ligação com o Conselho Tutelar da cidade, que recebe denúncias constantes de atos agressivos com vítimas em situação de vulnerabilidade.

Estatística

O relatório aponta ainda uma enorme diferença das ocorrências deste crime em outras cidades do Centro-Oeste, como em Itaúna, que de 2017 até hoje registrou seis casos, Itatiaiuçu, apenas um episódio, e Cláudio, onde ocorreram três ocorrências.

— Entendemos que o número de registros é alto, e por se tratar de um crime que viola tão drasticamente a vida da vítima, temos uma atenção voltada na tentativa de tentar coibir esta prática. No entanto, meu apelo maior se volta para as famílias que por ventura desconfiam de vítimas em qualquer situação, seja fora de casa, na escola e inclusive dentro das residências, onde há alta incidência. Pedimos, sobretudo, que os pais observem comportamentos retraídos dos filhos, sexualização precoce, bem como machucados nas regiões genitais, dentre várias outras possibilidades que permeiam este tipo de crime. A Polícia Civil manifesta que está atenta e segue com rigor todas as investigações de crimes desta natureza, mas pede que ao menor sinal de agressão sexual, sejamos comunicados — disse o delegado.

Registros de estupros

Em 2017, um dos casos com ampla repercussão na imprensa foi o do vereador Carlos Anderson da Silva, que na ocasião foi preso suspeito de cometer o crime contra seis crianças com idades entre sete e 11 anos. As investigações para chegar até o suspeito ocorreram em 40 dias. Tempo em que a polícia apurou as denúncias com todas as vítimas e fez acompanhamento do suspeito. Carlos Anderson continua preso no presídio Floramar em Divinópolis.

Outro caso, bem recente, é do suspeito de 40 anos, detido em abril, por estuprar e engravidar uma adolescente de 13 anos na cidade. A polícia se deu conta do crime após o nascimento do bebê em julho de 2018. Outra questão que choca neste caso é que o suspeito cometia o ato sexual contra a garota junto com o próprio filho de 17 anos. O suspeito foi preso se encontra à disposição da Justiça também no Floramar.

 

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