Crimes assustam empresários de Divinópolis

85% acreditam no aumento do índice de violência e 38% confiam no faturamento maior

 

Pablo Santos

Um levantamento inédito do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nupec) da Faced verificou o grau de insegurança e a incerteza com relação futuro dos empresários dos setores de comércio e serviços de Divinópolis. Além de inseguros, a maioria dos empresários está pessimista com o futuro da segurança pública e aposta no crescimento dos índices de violência. Grande parte está insatisfeita com a situação econômica, no entanto, estão otimistas em relação às vendas para 2017/2018.

De acordo com os dados colhidos, foram utilizadas 16 questões para levantar as informações sobre grau de insegurança, investimentos feitos em segurança, grau de satisfação com relação aos serviços públicos da área de segurança entre outros.

Na opinião de 85% dos empresários, a violência aumentará em longo prazo. Para 5,72%, a violência vai permanecer com está e 5,22% acredita na diminuição. Já 4,23% não souberam responder. Em relação aos investimentos na segurança, 77% já aplicaram 29%, destinando de R$ 1 mil a R$ 5 mil e 18%, aplicou R$ 501 a R$ 1 mil.

Segundo os pesquisadores, 13% dos empresários da cidade investiram até R$ 500 e 7% destinou mais de R$ 5 mil no sistema de segurança da empresa. Dos entrevistados, 33,3% já foram vítimas de crimes e apenas 4,48% dos estabelecimentos restituíram os produtos roubados.

 Economia

O grau de satisfação com a conjuntura atual da economia demonstra descontentamento. De acordo com a pesquisa, 67,16% estão insatisfeitos com o momento da economia e 10,95% estão e satisfeito. 18,16% estão muito insatisfeitos e 3,73% muito satisfeito.

Referente às vendas os empresários demonstram otimista. O percentual de empresários apostando no aumento do faturamento está em 38,31% e, 28,11%, acreditam que as vendas fiquem no mesmo nível. Já 23,38% acreditam em queda do faturamento e 10,20% não responderam.

— Mesmo com alto grau de insatisfação com as políticas públicas e com a conjuntura econômica, os empresários demonstraram certo grau de otimismo com relação à situação econômica no curto prazo, uma vez que a maioria tem a expectativa de que as vendas em 2017/2018 serão melhores que em 2016 — afirmou o coordenador da pesquisa Leandro Maia.

Para obtenção do público alvo pesquisado, o Nupec utilizou a amostragem aleatória simples com base em 8.276 estabelecimentos atuantes na cidade, obtidos por meio do cadastro geral de empresas de 2014 do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). A amostra foi composta de 405 estabelecimentos entrevistados com a margem de erro de 5% e nível de confiança de 90%.

 

Comentários