Crevisa devolve cães às ruas do bairro Niterói

Ricardo Welbert

Após a polêmica envolvendo a divulgação de fotos de carcaças de cães armazenadas em um freezer no Centro de Referência de Vigilância em Saúde Ambiental (Crevisa) de Divinópolis e as imagens terem sido interpretadas por internautas como sendo as de animais recolhidos no bairro Niterói em 21 de março, o órgão divulgou ontem um vídeo em que mostra a soltura dos animais. Ainda segundo o Crevisa, todos os sete cachorros foram submetidos a um exame e os resultados deram negativo para leishmaniose. Por causa disso, foram castrados, tratados e soltos nos mesmos locais onde foram capturados. 

De acordo com o Crevisa, nenhum dos cães morreu. A captura, os exames, a castração e o tratamento fazem parte de uma estratégia de controle da transmissão da leishmaniose visceral no município. 

O veterinário Frederico Ramalho diz que nessas ações os agentes de saúde explicam aos moradores que a coleta é uma forma de prevenção. Após o período pós-operatório, os cães são devolvidos. 

— Se forem de rua, são deixados no mesmo local onde foram recolhidos. Se tiverem donos, são entregues a eles. Ao fazer isso, o Crevisa segue normas de um manual elaborado pelo Ministério da Saúde — detalha. 

Depois que o órgão terminar o trabalho nesse bairro, o programa deverá ser expandido a outros.  

 Satisfação  

Moradora do Niterói, Soraia Garcia acompanhou a soltura de um dos animais e elogia o trabalho da equipe.  

— É muito importante. Agora os cachorros vão ficar mais quietos. Não vão ficar procriando na rua e as pessoas fazendo covardia — opina.  

Os animais são recolhidos semanalmente. Ainda segundo o Crevisa, o Niterói continua exigindo atenção, já que tem tido índices elevados de confirmações da leishmaniose visceral em animais.  

 Entenda a polêmica  

A Prefeitura afirma que houve invasão ao Crevisa quando pessoas ligadas à Sociedade Protetora dos Animais de Divinópolis (Spad) entraram “sem autorização” na sede do órgão e fotografaram carcaças armazenadas em freezers. A entidade nega e alega que um funcionário do órgão público guiou os visitantes. As fotos foram publicadas na internet e viralizaram. Internautas deduziram que se tratasse dos cães capturados no Niterói, mas o Crevisa afirma que não e acrescenta que os cães haviam morrido por doenças. 

 

 

OLHO 

Ao fazer isso, o Crevisa segue normas de um manual elaborado pelo Ministério da Saúde – Frederico Ramalho, veterinário 

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