Cortejo do Amor Divino” abre a Festa Literária
Entorno do Complexo Gravatá respirará literatura por três dias
Jorge Guimarães
Na intenção de se“ conhecer, o ser humano busca responder suas questões existenciais seja através da ciência, religião ou arte. E dentre as expressões artísticas, está à música, capaz de transmutar sentimentos em melodia. E foi movido por estes sentimentos que surgiu o “Cortejo do Amor Divino”, um grupo de amigos amantes da música que, em seus processos de ressignificação da própria vida, encontraram nesta arte a forma de se expressarem. Idealizado pelo músico Bruno Paiva, o projeto nasceu ao final de 2016 e desde então, várias vozes se uniram para cantar popularidades da música brasileira.
Uma das integrantes, Mariana Bernardes diz se lembrar quando foi convidada por Bruno para embarcar nesta ideia e de cara topou. Conta que demorou a participar dos ensaios e na primeira vez que encontrou com o grupo para cantar, seu meu coração transbordou.
— Era tudo tão lindo, tão iluminado, tão forte e renovador que logo pensei em apresentações abertas ao público. Tive a clareza de que o Cortejo tocaria o coração de muita gente, pois afinal, as pessoas estão carentes de algo que as alimente na alma. Agora faremos nossa primeira apresentação e torço muito para que este projeto tome cada vez mais forma e tenha vida longa — enfatiza.
Mulheres
— Em essência, são canções de empoderamento humano e espiritual, que celebram a simplicidade, a humildade e o amor presentes na vida — afirma Valéria Gomes, também participante do grupo.
Outra característica marcante do “Cortejo do Amor Divino” é a predominância de mulheres.
— Talvez seja porque a sensibilidade da alma feminina se reconheça nessas canções — conclui Valéria, que afirma se sentir privilegiada por participar de um grupo, onde homens e mulheres se identificam numa mesma sentença.
Idealizador
Graduado em música pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Bruno Paiva foi quem idealizou o projeto e nos fala um pouco sobre o que o Cortejo representa para ele.
— Para mim, o Cortejo surgiu como uma consequência natural, como que algo presente na consciência coletiva. Quando voltei a morar em Divinópolis, percebi que muitas pessoas que eu conhecia, especialmente as mulheres, estavam fortemente envolvidas com a música brasileira. O Cortejo então me ocorreu como uma proposta de encontro entre essas pessoas, como uma oportunidade de não só apreciar a música, mas também de vivenciá-la, cada um (a) podendo, através disso, reconhecer sua própria voz, se conhecer melhor e interagir com o próximo através de um outro viés —ressaltou.
Repertório
O repertório conta com composições de grupos musicais como "A Barca" e "PontoBr", especialmente cantigas "colhidas" na casa FantiAshanti, de São Luiz do Maranhão, Jussara Marçal, MetáMetá, e Os Tincoãs.
Prestes há completar um ano, o Cortejo comemora em grande estilo, sendo o responsável por abrir a 4ª Festa Literária de Divinópolis (Flid), este ano. A apresentação terá início às 18h na próxima sexta-feira, 25 e irá acontecer na área externa do Teatro Municipal Usina Gravatá.
Lembro-me de que fui convidada pelo Bruno para embarcar nessa ideia e de cara topei. Porém, demorei a participar dos ensaios e na primeira vez que encontrei com o grupo para cantar, o meu coração transbordou , Mariana Bernardes, uma das integrantes do grupo
Programação
Sexta-feira
18h30 Abertura: Cortejo do Amor Divino (Praça Literária)
19h30 Exibição do documentário ‘A árvore dos Sonhos’ (Tenda Cinema)
19h30 – Leitura do Texto Curatorial e Video de Homenagem. (Artista Homenageado: GTO) (Teatro)
20h – Bate Papo: Olavo Romano e Tulio Damascena – Casos de Minas e outras histórias (Participação Especial: Orquestra de Violas do projeto Fazendo Arte) (Teatro)
20h – Sarau Poético Aberto com Os Troxas (Praça Literária)
Sábado
15h - Lançamento dos livros ‘Bilô Desembolô’ e ‘Vovó inventa palavras’ e bate-papo com as autoras Vanessa Corrêa e Maria Miguel Fontes e com os ilustradores Iara Rachid e Maurizio Manzo. (Livraria da Flid)
16h - Academia Divinopolitana de Letras (ADL) - Debate ‘Academias de Letras Municipais e o Resgate das Letras Locais’ (Tenda Cinema)
16h - Traça Traço com João Marcos: Conversas e desenhos (teatro)
16h30 A Poesia de Cordel e o Cordel da Poesia: Uma conversa com Olegário Alfredo e Juvenal Verdades. (Livraria da FLID)
18h - Bate Papo com Carlos Herculano Lopes (Teatro)
18h30 - Exibição Comentada do Documentário ‘O retrato das coisas que sonhei’(Tenda Cinema)
19H - Pocket Show acústico com P.H.Lara (Praça Literária)
20h - A arte de Zoar com Reinaldo Figueiredo (Teatro)
Domingo
15h – Contação de Histórias: “O Trem da História”, da Casa Arte e Cultura (Tenda Cinema)
16h – Lançamento do Livro ‘Geraldinho – o menino que ouvia as árvores’ com os autores Eduardo Maia e Faber Barbosa. Artista convidado: Alex Teles (Livraria da Flid)
17h – Espetáculo ‘Vira Lata’, com Rodrigo Robleno (Praça Literária)
18h – Encerramento: Gê Lara e Uirapuru Canto Livre (Praça Literária)
18h – Peça Teatral: “O Circo das Ilusões” (Teatro)