Corpo de Edson Gonçalves é enterrado no Parque da Serra
Jorge Guimarães
Morreu na noite deste sábado, 15, o poeta Edson Gonçalves Ferreira. Colaborador e articulista do jornal Agora desde 1971, no dia 5 de agosto do ano passado foi publicada a última coluna e ele se afastou por motivo de saúde. Professor de português bastante conhecido na cidade, prestou serviços na Superintendência Regional de Ensino (SRE) como assessor de imprensa e lecionou na Faculdade de Ciencias Econômicas (Faced). Também passou pela Rádio Minas na década de 1990 e tinha um programa aos sábados.
Como escritor, é autor dos livros “Chupando Caquis”, “Rasgando os véus” e “Pardal de Deus”. Edson ficou nacionalmente conhecido pelo desenho caricato que ganhou, feito pelo escritor Ziraldo. Membro efetivo da cadeira numero 3 da Academia Divinopolitana de Letras (ADL), tomou posse no dia 3 de maio de 1981 e tinha como patrono Machado de Assis. Era presença ativa em todos os eventos sociais e liderava um grupo de amigos que se encontravam regularmente, denominado “Caldo e poesia”. O corpo foi velado na Câmara de Divinópolis e o sepultamento ocorreu no Cemiterio Parque da Serra, às 17h.
Homenagens
Edson sempre foi um fã incondicional dos freis Franciscanos que ajudaram a construir a história de Divinópolis. Sempre contava a história dos religiosos em suas crônicas e na coluna que assinava no Agora. Em sua homenagem, a missa de corpo presente foi celebrada por um deles, frei Leoanardo que emocionou aos presentes. Logo após a celebração amigos e parentes o homenagearam lendo seus poemas e falando de sua história, destacando principalmente o amor que Edson sentia por Divinópolis. Pela ADL, veio de João Carlos Ramos a homenagem.
Repercussão
Vários amigos se pronunciaram em redes sociais sobre a ausência do poeta.
— O frasco quebrou... mas o perfume fica para sempre... grande imortal — registrou Munir Mansur na página do Facebook
— É uma pena perder um companheiro tão combativo na imprensa. Edson foi uma pessoa valiosa — Augusto Fidelis - cronista.
— Amigo de todas as horas, era intenso e de uma sinceridade chocante. Sem meias palavras, conquistou amigos e desafetos por causa da língua afiada. Leal, irônico e sagaz, passou décadas cutucando: "E a lagoa do Sidil, heim? — Sonia Terra – jornalista.
— Em sonhos, versos e contos, se fez poeta. Fazendo poesias, fez de sua vida um poema, que deixa saudades com alegria. A alegria de Deus te espera de braços abertos. A.Deus Edson. Um dia a gente se vê — Hailton Gonçalves Ferreira – irmão de Edson.
— Edson deixa um legado invejável de amor a Divinopolis, sempre cantada em verso e prosa — Coronel Pedro Magalhaes de Faria.