Coronavírus: em 24h, Divinópolis registra 370 casos suspeitos

Da Redação

Divinópolis registrou 370 novos casos suspeitos de coronavírus em 24h.

De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) nesta quinta-feira, 28, a cidade tem 34.687 notificações de suspeitas. A taxa de testagem dos casos suspeitos, no entanto, é de apenas 21,32% e a maioria tem resultado positivo.

Assim, das 34.687 suspeitas, somente 7.397 foram testadas: 5.554 casos foram confirmados – sendo 4.967 recuperados –, 1.826 descartados e 17 em análise.

A taxa de isolamento está em 36%, já a de letalidade da covid-19 marca 2,43%. O ritmo de contágio é de 1,13, o que significa que cada grupo de 100 pessoas contaminadas transmite o vírus para outras 113.

Indíces

Janeiro já tem alguns dos piores indicadores desde o início da pandemia: o mês tem os maiores números de óbitos, de casos suspeitos e confirmados, além de ter as maiores médias diárias de internações.

Apenas em janeiro já foram registradas 35 mortes em decorrência do coronavírus, contra 22 óbitos em dezembro. Ainda em janeiro, houve 8.163 novos casos suspeitos e 1.615 confirmados – até então, o recorde era do mês anterior, com 7.778 e 1.446, respectivamente.

A média de internações em janeiro é de 76 em enfermarias e 57 em UTIs – em dezembro, esses números eram de 55 e 45.

Ocupação

Há três crianças internadas em UTIs e outras três no setor de enfermaria. Veja abaixo a ocupação de cada setor no SUS e na rede suplementar.

Leitos de UTI

  Quantidade de leitos Ocupados Percentual de ocupação Disponíveis
Particular 43 28 65,1% 15
SUS 50 29 58,0% 21
Total 93 57 61,3% 36

Leitos de enfermaria

  Quantidade de leitos Ocupados Percentual de ocupação Disponíveis
Particular 71 45 63,4% 26
SUS 56 31 55,4% 25
Total 127 76 59,8% 51

Mortes

Mais duas mortes foram confirmadas nesta sexta-feira e a cidade chegou a 130 óbitos em decorrência da covid-19.

Nos 22 dias de janeiro já foram registradas 29 mortes por coronavírus e o mês é o mais letal desde o início da pandemia.

Dezembro teve 22 óbitos, seguido por agosto, com 18.

— Isso acaba sendo reflexo do grande aumento do número de casos que nós estamos observando nas últimas semanas. Então, quanto mais casos nós registramos, mais casos ativos possivelmente temos na cidade, mais pessoas com critério para as formas grave estão sendo expostas, mais pacientes graves na UTI e, é claro, um maior registro do número de óbitos — explicou a médica infectologista Rosângela Guedes, que atua nos hospitais São Judas e Complexo de Saúde São João de Deus.

Embora a doença seja apontada como de baixa letalidade – marcando 2,58% atualmente em Divinópolis –, essa taxa pode ser maior dependendo de alguns fatores.

— A taxa é calculada com o número de óbitos que acontece com relação ao número de casos confirmados. Mas o que as pessoas precisam entender é que essa taxa de letalidade baixa é quando eu tomo o montante de todos os pacientes infectados. Quando a gente vai considerar pacientes acima de 60 anos, essa taxa é muito superior, chega a ser mais de 14%, em pacientes com 80 anos mais de 80% — ressaltou a médica.

Rosângela Guedes destacou que o número de mortes pode ser maior do que o registrado nos boletins.

— Esse número é até subestimado, porque muitos pacientes estão evoluindo para óbito, com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que nós sabemos se tratar de uma condição de coronavírus,mas que a gente não consegue confirmar o diagnóstico antes do óbito, seja porque não houve tempo hábil para coleta do exame ou porque o exame inicial veio negativo, e exames negativos não invalidam o diagnóstico de infecção pelo coronavírus — explicou.

A maior parte das mortes é registrada entre pacientes com mais de 60 anos ou com comorbidades, no entanto, há registros de óbitos de jovens e até mesmo de crianças.

— O registro de óbitos de crianças em Divinópolis foram de crianças não do município, mas que foram assistidas aqui, de cidades vizinhas — afirmou a médica.

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