Copasa anuncia aumento na tarifa em bairros

Em reunião com cúpula da empresa, prefeito eleito promete linha dura no cumprimento do contrato

Da Redação

A Copasa confirmou a adição de nova tarifa na conta de água. O reajuste será feito a partir de janeiro, apenas para alguns bairros da cidade que passaram a contar com o tratamento de esgoto. Em junho deste ano, a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae) impediu o acréscimo do reajuste anual. Na época, a agência argumentou que a pandemia fez com que muitas pessoas tivessem dificuldade no pagamento das contas, já que o poder de compra caiu no país.

Procurada pela reportagem, a Copasa informou que a alteração do patamar tarifário ocorrerá somente para aqueles imóveis cujo esgoto coletado já esteja sendo conduzido e tratado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Bacia do rio Itapecerica, em Divinópolis, conforme comunicado enviado pela empresa.

— Esta alteração ocorrerá após o início da operação da ETE, prevista para o primeiro semestre de 2021. A alteração do patamar tarifário será aplicada à medida que as obras de interceptores da cidade forem sendo concluídas e quando o esgoto de determinado bairro estiver sendo efetivamente tratado na estação. A companhia esclarece que a cobrança pelo serviço de tratamento de esgoto é praticada na região dos bairros Icaraí, São Caetano, Distrito Industrial entre outros, cujo esgoto já é coletado e tratado na ETE rio Pará.

Jogo duro 

O prefeito eleito Gleidson Azevedo (PSC) esteve em reunião com o diretor de Operações da Copasa, Guilherme Frasson Neto, e outros diretores da empresa, na última semana. O deputado estadual Cleitinho Azevedo (CDN) também esteve no encontro.

Segundo Gleidson Azevedo, a comitiva de Divinópolis demonstrou a insatisfação em relação à atuação da empresa em Divinópolis, onde são constantes as reclamações, principalmente sobre a falta de água. De acordo com Gleidson, foram apresentados os problemas relacionados à recomposição de vias, existência de fossas sépticas em diversos bairros e às dificuldades do contrato firmado por gestões anteriores.

A empresa alegou que os atrasos surgiram principalmente por problemas burocráticos como emissão de licenças e contratos com prestadoras de serviço terceirizadas que não cumpriram o que foi acordado ou simplesmente abandonaram as obras, decretando falência.

— Além da falta de água nos bairros citados, outros problemas pontuais foram discutidos, como as fossas dos bairros Copacabana e Jardinópolis, recomposição da rua Pitangui e situação da rua Mar e Terra no bairro Candelária — disse Cleitinho em nota.

Guilherme Frasson destacou que a Copasa está sob nova direção, composta quase que exclusivamente por servidores de carreira, nomeados pelo Governo de Minas em substituição aos antigos diretores, que antes ocupavam os cargos apenas por indicação política. 

Acompanharam Gleidson e Janete os membros da equipe de transição Will Bueno e Ezequiel Silas.

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