Construção na região amarga números negativos e insatisfação

Foram fechadas no Centro-Oeste 317 vagas de empregos formais

 

 

Pablo Santos

A construção civil em 2017 sofreu um abalo maior frente a 2016 no Centro-Oeste. Indicadores da Federação das Indústrias de Minas Gerai (Fiemg) confirmaram o emprego negativo e o empresariado insatisfeito com a competição desleal e a falta de capital de giro. Se as empresas regionais da construção estão com postos de trabalho em declínio, a situação de Divinópolis é de saldo positivo com carteira assinada.

No Centro-Oeste, o emprego registrou novos números negativos. No primeiro semestre de 2016, foram encerradas 57 oportunidades de trabalho na região. Já neste ano, a situação se agravou. Foram fechadas 317 vagas de empregos formais, de acordo com os dados da Fiemg.

A construção civil está dividida em três setores. O segmento com maior corte de oportunidades foi a obra de infraestrutura com eliminação de 261 no primeiro semestre. Diferente do ano passado, quando 290 oportunidades foram criadas.

A construção de edifícios foi outro setor com queda, no entanto desacelerou. Nos primeiros seis meses de 2017 foram fechadas na região 237 oportunidades com carteira assinada e, no mesmo período de 2016, a situação foi pior: 337 vagas encerradas.

Os serviços especializados para construção foi o único setor da construção com vagas criadas. Depois dos primeiros seis meses de 2016 fechando 10 vagas, foram abertas nas empresas regionais no mesmo período 181 empregos com carteira assinada.

Divinópolis 

Já a maior cidade do Centro-Oeste registrou números positivos. Divinópolis abriu neste ano 63 oportunidades com carteira assinada de janeiro a junho. O resultado é superior ao assinalado no ano passado quando 158 vagas foram extintas das empresas de construção civil divinopolitana. Em todo o ano passado, a cidade eliminou 231 postos de trabalho.  Apesar do crescimento em 2017, junho a cidade fechou sete vagas com carteira assinada.

Pesquisa 

Pesquisa da Fiemg confirma que o setor da construção apresentou melhora na margem, mas ainda não aponta elevação das contratações. A utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual segue aquém da considerada habitual.

Os indicadores financeiros, divulgados trimestralmente, revelam empresários insatisfeitos com a situação financeira da empresa com a margem de lucro e com as condições de acesso ao crédito.

— A insatisfação dos empresários com a elevada carga tributária e com a demanda interna insuficiente cresceu em relação ao primeiro trimestre de 2017. A competição desleal e a falta de capital de giro também foram apontadas como entraves aos negócios. Em relação ao último item, o descontentamento aumentou frente ao trimestre anterior — afirmou a pesquisa da Fiemg.

 

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