Conselho cobra mais agilidade da Copasa

Da Redação

O Conselho Gestor do Contrato da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) Divinópolis, responsável por acompanhar as atividades da estatal na cidade, realizou uma reunião na manhã de ontem na Câmara Municipal. O objetivo foi debater o estágio das obras e ações que estão sendo realizadas pela empresa no município. Durante as conversas, os presentes abordaram a insatisfação da população com o estágio das intervenções e descaso com a cidade.

A reunião contou com a participação dos vereadores Renato Ferreira (PSDB) e Josafá Anderson (CDN), presidente e membro, respectivamente, da Comissão de Saúde da Câmara, e representantes da Prefeitura Municipal, Associação Comercial e Industrial (Acid), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o chefe da Unidade de Negócio Centro da Copasa, João Martins.

Providências

O vereador Renato Ferreira contou que é abordado diariamente nas ruas da cidade por moradores com o sentimento de que estão pagando pelo que não recebem.

— Não é a primeira vez que relatamos os problemas de estágio de obras, da abertura de vias, valas, abandono de espaços públicos. Na última reunião que realizamos isso foi debatido e hoje, novamente, só ouvimos explicações técnicas que fogem do que a população quer: resultado — cobrou o edil.

Renato relatou que tem encaminhado à agência responsável pela regulação e fiscalização da Copasa no estado os problemas apresentados pela estatal.

— Tenho mantido contato com a Arsae [Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgoto de Minas Gerais] e, mais uma vez, pedi providências na resolução dos problemas criados pela Copasa no município — afirmou.

O vereador ainda lembrou que, no último encontro do Conselho Gestor, realizado em 20 de novembro, a Copasa não enviou nenhum representante para prestar os devidos esclarecimentos.

Proposta

Atualmente, tramita na Câmara Municipal um projeto de lei de autoria da vereadora Janete Aparecida (PSD) que, se aprovado, determina que as empresas que realizam obras nas ruas da cidade enviem um relatório aos vereadores mensalmente com a relação das intervenções promovidas e em andamento. Em caso de descumprimento, a nova legislação prevê que sejam aplicadas multas de R$ 3 mil por dia de atraso. 

Segundo Josafá Anderson, apesar dos encontros, a Copasa não tem apresentado os resultados esperados.

— Todos nós que acompanhamos o que a Copasa tem feito só temos que dizer que a empresa é muito mal vista pela população pelos maus serviços prestados e cada vez mais isso tem aumentado. Infelizmente, nossa perspectiva é ruim porque, apesar das reuniões do Conselho Gestor, a empresa não tem respondido bem aos nossos questionamentos e cobranças. Precisamos é de resultado, de melhorias, e nada até agora. Pior de tudo é que quem tem pagado essa conta são os divinopolitanos, por meio dos impostos e taxas — declarou.

Adiada

Uma das reclamações é o constante atraso na entrega das obras. Um dos exemplos é a Estação de Tratamento (ETE) do rio Itapecerica. A expectativa era de que a unidade estivesse em funcionamento no início de 2017. Porém, o prazo foi prorrogado para dezembro de 2018. Por fim, a Copasa anunciou que a estação entraria em funcionamento ainda neste ano. Nenhum dos três prazos foi cumprido e a expectativa da estatal é de entregar a obra em março de 2020, como noticiado com exclusividade pelo Agora em 19 de novembro.

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