Confirmada bandeira vermelha

 

Jorge Guimarães

Como já esperado, a Agencia Nacional de Energia Eletrica (Aneel) decidiu na última sexta – feira que a bandeira tarifária para o mês de novembro será vermelha (patamar 2), com custo de R$ 5 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Não houve evolução na situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas em relação ao mês anterior e, ainda que não haja risco de desabastecimento de energia elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício.

Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.

As bandeiras tarifárias variam exatamente para dar esse sinal aos consumidores. O patamar 2 indica a necessidade de operar usinas térmicas mais caras para compensar a geração hidráulica inibida pela falta de chuvas.

Chuvas

E por falar em chuvas, segundo o meteorologista da Cemig, Arthur Chaves de Paiva Neto, o período chuvoso, que começou em outubro e deve se estender até abril do ano que vem, estará sob influência do fenômeno La Niña, que se forma no Pacífico, e deverá ganhar força a partir do próximo mês, podendo provocar uma ligeira queda nas temperaturas em quase todo o estado, principalmente, no Sul de Minas, Triângulo, Oeste e Zona da Mata. E segundo Arthur Chaves, às chuvas devem ficar acima da média histórica em quase todo o estado, exceto nas regiões Oeste, Central e Vale do Rio Doce, onde devem se manter próximas à média.

Além disso, haverá o aumento gradativo dos níveis de umidade relativa do ar, o que, em consonância com o aumento das temperaturas após a passagem do inverno, provoca as chuvas características da estação. Contudo, Arthur Chaves destaca que as chuvas significativas só terão início a partir de novembro, enquanto às frentes frias que incidirão sobre o estado serão responsáveis mais pela ocorrência de rajadas de vento de intensidade moderada a forte e menos pelo volume de chuva.

Mesmo com a chegada das chuvas, a bandeira vermelha 2 deve vigorar até o fim deste ano, diante da situação hídrica desfavorável pela qual passa o país. A expectativa é que esse quadro melhore um pouco até o início de 2018, mas talvez não o suficiente para alterar o patamar de 2 para vermelha 1.

   

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