Confiança dos empresários cai em fevereiro

Pablo Santos

Os empresários mineiros estão menos confiantes em fevereiro em relação a janeiro. Conforme os dados do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), o nível de confiança caiu 0,6 ponto na comparação dos dois períodos. Mesmo em retração, o indicador ainda aponta pela 17ª vez seguida saldo positivo, segundo a amostragem da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

O índice deste mês ficou 0,5 ponto superior ao verificado em fevereiro de 2019 e é o mais elevado para o mês desde 2010 (68,1 pontos), apontou a pesquisa desenvolvida pela Fiemg.

— A melhora gradual do mercado de trabalho, a inflação controlada e as taxas de juros historicamente baixas seguem proporcionando um ambiente mais favorável à atividade industrial — destacou a nota técnica da Fiemg.

Já Icei nacional retraiu 0,5 ponto em fevereiro (64,8 pontos) frente a janeiro (65,3 pontos), mas também continuou apontando empresários confiantes.

Positiva

O índice resulta da ponderação dos números de condições atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos.

— Valores acima de 50 pontos indicam percepção de situação atual melhor e expectativa positiva para os próximos seis meses, respectivamente — explica a nota técnica da Fiemg.

Outro componente analisado foram as condições atuais. Nesta situação, o índice recuou 0,3 ponto em relação a janeiro (57,3 pontos) e marcou 57,0 pontos em fevereiro, mostrando empresários menos satisfeitos com a situação atual da economia brasileira e de suas empresas.

— Vale ressaltar, contudo, que o indicador continua acima de 50 pontos há sete meses consecutivos. O índice cresceu 3,8 pontos frente a fevereiro de 2019 (53,2 pontos) e foi o maior para o mês em 10 anos. O componente de expectativas interrompeu três altas seguidas e caiu 0,7 ponto entre janeiro (68,3 pontos) e fevereiro (67,6 pontos), sinalizando industriais menos otimistas com relação ao desempenho da economia brasileira e das suas empresas nos próximos seis meses — afirmou a pesquisa.

Ainda conforme o levantamento, em contrapartida, o indicador manteve-se elevado para as pequenas, médias e grandes empresas. O índice ficou 1,0 ponto abaixo do verificado em fevereiro de 2019 (68,6 pontos).

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