Confiança do empresariado cresce depois de quatro retrações

 

Pablo Santos

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) registrou crescimento após quatro retrações mensais consecutivas do indicador, que acumulou queda de 7,9 pontos de março a junho. Conforme a pesquisa mensal da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), o desempenho é atribuído à redução das incertezas de aprovação da reforma da Previdência.

De acordo com o levantamento, o índice foi 9,5 pontos superior ao registrado em julho de 2018 (47,1 pontos) – quando ainda refletia os impactos da greve dos caminhoneiros ocorrida em maio daquele ano – e ficou 5,3 pontos acima da sua média histórica (51,3 pontos). O Icei nacional mostrou pequena elevação em julho (57,4 pontos), frente a junho (56,9 pontos), e foi o maior para o mês em oito anos.

O Icei é resultado da ponderação dos índices de condições atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam percepção de situação atual melhor e expectativa positiva para os próximos seis meses, respectivamente.

Subiu

Após quatro quedas sucessivas, o indicador de condições atuais cresceu 0,7 ponto frente a junho (45,7 pontos) e marcou 46,4 pontos em julho. O resultado foi decorrente da melhora nas percepções dos empresários quanto às economias brasileira e do estado.

— O índice ficou 4,4 pontos acima do apurado em julho de 2018 (42,0 pontos) e foi o mais elevado para o mês desde 2010, quando registrou 57,1 pontos. Entretanto, o indicador ficou abaixo dos 50 pontos pelo quarto mês consecutivo, demonstrando que os industriais permanecem insatisfeitos com a situação atual dos negócios — apontou o estudo da Fiemg.

O índice de expectativas para os próximos seis meses aumentou 0,3 ponto entre junho (60,5 pontos) e julho (60,8 pontos) e apontou, pelo 12º mês seguido, empresários otimistas com o cenário futuro.

Ainda de acordo com a pesquisa, houve melhora nas perspectivas dos industriais com relação às economias brasileira e mineira. O indicador ficou 11,2 pontos acima do observado em julho de 2018 (49,6 pontos) e foi o mais alto para o mês em oito anos.

— Vale ressaltar, contudo, que o índice acumulou recuo de 9,2 pontos nos sete primeiros meses do ano, após alcançar 70,0 pontos em dezembro de 2018 — destacou o estudo da federação.

 

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