Comissão terá mais três meses para avaliar acervo

Equipe identificará o que pode ou não jogar fora de documentos da Prefeitura

 

 

Ricardo Welbert 

A Prefeitura de Divinópolis resolveu estender por mais três meses o prazo para conclusão do trabalho da comissão responsável por identificar os acervos acumulados e que se encontram no “arquivo intermediário” instalado em um pátio ao lado do Centro Administrativo.  

De acordo com o prefeito Galileu Machado (PMDB), a avaliação dos documentos e a posterior eliminação dos que não forem guardados é um trabalho extenso e delicado.  

— Considerando a necessidade de finalizar os trabalhos para realizar a eliminação dos documentos que já cumpriram seu prazo de guarda, ficam prorrogadas por 90 dias, em seus restritos termos, as disposições contidas no decreto — diz Galileu no decreto, que foi assinado no dia 1º de julho, mas entrou em vigor ontem, ao ser publicado no “Diário Oficial dos Municípios Mineiros”.  

Formada em Conservação e Restauro pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestranda em Ambientes Construídos pela Escola de Arquitetura da mesma instituição, Thaís Gontijo Venuco atua como gerente de Memória e Patrimônio da Secretaria de Cultura de Divinópolis. Ela explica que o acervo possui um volume grande de documentos.  

— É uma quantidade imensa de papéis vindos de várias secretarias ao longo de anos e que estavam cheios de poeira. Então, leva-se muito tempo para fazer essa análise, que servirá para definir o que é necessário e o que pode ser descartado — comenta.  

O historiador 

O historiador Faber Barbosa lembra que o processo de organização do arquivo documental de Divinópolis começou há alguns anos, durante a gestão do prefeito Demetrius Pereira.  

— Naquela época, foi feito todo o levantamento da massa documental da Prefeitura, trilhando caminhos que a arquivologia determina. A massa documental era bem maior — comentou.  

De acordo com a Prefeitura, a eliminação de parte dos documentos objetiva eliminar 50% da massa documental.  

— O acúmulo de centenas de milhares de documentos nos depósitos sem tratamento arquivístico adequado resultou em arquivos extremamente deteriorados, quase sem condição de manuseio e em situação precária. Documentos sujos, mofados, sob ataque de insetos, morcegos, escorpiões e ratos — explica o órgão. 

Cautela 

O secretário municipal de Cultura, Osvaldo André, prega cuidado com o acervo.  

— A gestão documental é trabalho minucioso e delicado, porque ao mesmo tempo em que precisamos eliminar para liberar espaço, devemos ter cuidado com a documentação do Município — declarou.  

Para organizar, liberar espaços e indicar novas facilidades de acesso à documentação histórica, foram nomeados os servidores Marcos Antônio Vilela Crispim (da pasta de Cultura), Alexssandro Geraldo da Fonseca Alves (Operações Urbanas), Deivison Kilder dos Santos (Operações Urbanas), Gustavo Alves Camargos (Administração) e Reistauber Alves de Lima (Administração).  

 

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