Comércio lidera criação de novos empregos na cidade
De janeiro a setembro, Divinópolis contabilizou 542 empresas extintas contra 512 abertas
Da Redação
Divinópolis teve o mês de setembro como o quinto consecutivo de crescimento no número de abertura de empresas. Foram 77 novos empreendimentos, contra 62 extintos. Os dados são da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg). Neste ano, os segmentos que mais contribuíram para abertura de novos negócios na cidade, segundo a junta, foram o de comércio varejista, promoção de vendas e serviços de cabeleireiro e manicure.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Luiz Angelo Gonçalves, vale destacar, entre vários setores, que o do comércio foi um dos principais na criação de novos empregos e, com uma estabilidade na situação de restrições, se passa a ter condições de ter uma retomada mais forte e persistente na economia local.
Em setembro, pelo quarto mês seguido, o número de empresas constituídas superou o número de fechadas. Porém, no acumulado do ano, a cidade permanece com um saldo negativo de 30 empreendimentos que foram extintos.
— É claro que, quando avaliamos o acumulado do ano, ainda preocupa muito, pois são mais de 30% de empresas fechadas em relação ao ano passado, bem como o número de abertura inferior, em torno de 16%, mas a gente vê que nos últimos meses essa retomada acontece — explica Luiz Angelo.
Impacto
De janeiro a setembro, Divinópolis registrou 542 empresas extintas contra 512 abertas. Em comparação com o mesmo período de 2019, a cidade demonstrou uma queda de 12% na constituição de novas empresas e um aumento de 36% no fechamento, refletindo o impacto negativo causado pela pandemia do novo coronavírus.
— Nós temos um indicador bem positivo para setembro em relação à criação versus fechamentos de empresas. Percebemos que Divinópolis já está com um bom indicador de retomada, o que mostra que a quantidade de empresas que abriram foi maior do que a que fechou, com uma evolução na criação de novos empregos — analisou.
Saldo negativo
Dentre as principais cidades de Minas Gerais, Divinópolis foi a única que apresentou um número maior de empresas extintas em comparação à quantidade de abertas em 2020. No estado, os municípios com os melhores desempenhos na abertura de novos negócios foram: Belo Horizonte, com 10.129; Uberlândia, 2.607; e Contagem, 1.424.
Tradicional
Entre tantas que encerraram as atividades na cidade, uma tradicional casa de lanches fechou suas portas em setembro passado. E, junto a ela, um restaurante, de igual prestígio.
A reportagem não conseguiu contato com os antigos proprietários, mas, em conversa com um empresário do ramo, Mário Santos, obteve algumas informações.
— Pelo que estou sabendo o restaurante fechou devido à pandemia, pois ficou fechado por cinco meses e nem o delivery ajudou nos custeios. A lanchonete também foi pelo mesmo motivo e tem mais comércios nesta mesma situação e que estão abertos não sei até quando. Tomara que haja melhora nas festas de fim de ano — avaliou.
Brasil
No Brasil, em setembro de 2020, havia 19.542.664 empresas ativas, foram constituídas 327.800 e extintas 88.175, considerando todos os tipos de empreendimentos, matrizes, filiais e microempreendedores individuais (MEI). Os números são do Ministério da Economia.
A grande predominância das empresas abertas era do setor terciário da economia, relativas ao comércio e prestação de serviços, representando mais de 80% dos empreendimentos ativos no país. No acumulado do ano, até setembro, conforme o ministério, foram abertas 2.500.539 empresas e fechadas 776.775. Até agosto deste ano, houve um crescimento de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa cerca de 2.140.000.
O fechamento de empresas recuou neste ano no país. De janeiro a agosto de 2020, 682.750 empresas foram extintas, contra 799.025 em igual período do ano passado, refletindo numa retração de 14,5%.