Comer fora de casa fica mais caro

Vilões são arroz, feijão, óleo e carnes; consumidores estão atrás das promoções

Da Redação 

Com a pandemia e a desvalorização do real perante o dólar o tradicional prato feito nosso de cada dia já subiu quase oito vezes a inflação de janeiro a outubro. Inflação essa calculada no Índice de Preços ao Consumidor (IPCA-15), resultado de pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou alta de 2,31% neste período. 

E dentre os vilões dessa alta estão principalmente o óleo de soja, arroz, feijão carioca e as carnes, dentre outros itens, o que tem afetado diretamente o bolso do consumidor, não só pela comida fora de casa, mas em suas refeições próprias também.

— Lá em casa, em certas refeições, o macarrão tomou o lugar do arroz, a linguiça toscana vai tomando o lugar da carne bovina e assim vai. E aposto mais nas saladas, que, com este calor, ficam até sendo uma ótima opção de alimentação saudável — disse a dona de casa Maria Aparecida Oliveira.   

Listas e promoções

Para fugir dos altos preços, o consumidor tem seguido aquela velha máxima: fazer pesquisas e sempre procurar comprar nas promoções. 

— Nós temos promoções semanais com vários mix de produtos que com certeza podem ir ao encontro da lista de compras de nossos clientes. E lembrando que a substituição de produtos também ajuda e muito a economizar — avaliou o gerente de um supermercado, Walter Wagner.

Preços

A alta nos preços foi constatada em um supermercado ontem. O óleo de soja era comercializado a R$ 7,39, um aumento de 42% em pouco mais de um mês. Já o arroz agulhinha, tipo 1, que era vendido em meados de agosto por R$ 21,90, agora já está em R$ 28,90, aumento de 31% ‒ lembrando que o custo do arroz varia de acordo com marca e que sempre há promoções durante dias. 

Outro que teve seu preço elevado foi o feijão carioquinha, que, conforme o tipo e a marca, variava entre R$ 2,49 e R$ 6,99. Já a carne para o tradicional bife está com os valores variando entre R$ 26,90 e R$ 35,90, conforme a escolha do consumidor.

Restaurantes

E no meio da disputa estão os restaurantes, que sentem ainda mais com as altas. Muitos deles, inclusive tradicionais dentro da culinária da cidade, já fecharam suas portas e outros devem seguir o mesmo caminho. Assim, alguns estabelecimentos tiveram que repassar os aumentos para os também tradicionais marmitex. Levantamento realizado pela reportagem encontrou, em média, acréscimo de 11%, sendo os valores médios hoje cobrados entre R$ 13 e R$ 15.

— Procurei não repassar os aumentos, mas chega uma hora que você tem o que fazer. Aumentei R$ 1 em cada marmitex e não perdi em qualidade e peso. Mas as pesquisas de preços sempre temos que fazer e comprar principalmente nas promoções — avaliou o empresário Paulo Roberto dos Santos.

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