Começou a ‘guerra’

Preto no Branco 

É assim que costuma se chamar as disputas eleitorais acirradas quando a coisa não fica apenas no campo da discussão. Em uma cidade como Divinópolis, com nove candidatos à Prefeitura, é óbvio que isso ia acontecer. E quer saber? Estava até demorando. A semana mal havia começado isso poucos dias depois da liberação da propaganda , e dois postulantes ao cargo já se viram encrencados. Após receber denúncias, a Promotoria Eleitoral pediu a impugnação das candidaturas de Fabiano Tolentino (CDN) e Galileu Machado (MDB). Os motivos são distintos, porém, os dois rechaçam as acusações e garantem que vão provar a inocência. Excelente para eles e decepcionante para quem espera outro resultado. A decisão é da Justiça, e a torcida contrária deve ser de sete e mais alguns por aí.

Jogo limpo

Ao se defender, Fabiano Tolentino diz que provavelmente se trata de uma denúncia anônima, e vai mais além. Afirma que campanhas municipais sempre tem suas maldades e informações infundadas por parte dos adversários. Fala em denuncismo e fake news na internet que virou terra de ninguém. Tomara que não. Isso é prática de quem teme o adversário e não joga limpo. Na política, é cada vez mais difícil os pretendentes a cargos públicos entenderem que se ganha com honestidade, ideias, propostas e habilidade. Qualquer coisa fora destes quatros quesitos comprova, além do despreparo, a falta de caráter.

Mudou o foco 

Não é de hoje que o político brasileiro deixa a desejar. No entanto, atualmente só tem descido ladeira abaixo. Boa parte dos candidatos e de quem já exerce um cargo seja no Executivo ou Legislativo ‒ em vez de focar em ações e metas de governo que atendam a população especialmente, a carente está mais preocupada com a desconstrução dos adversários. E aí, dos contrários às suas ideias e desejos! São vistos como inimigos.  E o medo de ter as vantagens interrompidas, uma delas a permanência no poder? Se digladiam o tempo todo, até fora dos processos eleitorais, isso quando não vêm as rasteiras e traições. Tudo isso por um “poder” que julgam ter e que, nas suas cabeças, não pode ser temporário. 

Muito aquém

A falta de preparo e o egoísmo são tão grandes que a preocupação com vida do outro ganha mais atenção do que as mazelas da sociedade. Um exemplo claro disso são as entrevistas que se ouve de alguns. As respostas parecem mais história de briga de vizinhos ou de programa de fofocas do que propostas decentes que atendam aos anseios de uma cidade. Nesse vale-tudo, o personagem principal é o eleitor, pois, dependendo da escolha, terá consequências a perder de vista.

Sem nada

Dissidente do PSB por não apoiar a chapa de Fabiano Tolentino à Prefeitura, o candidato a vereador André Ferreira tomou outras decisões no mínimo questionáveis. Quer dizer: pelo menos para quem está acostumado ao modelo político implantado no país. Depois de não aceitar ajuda do comando do partido, via Fundo Partidário, abriu mão do seu tempo de TV na propaganda eleitoral.  Disse que prefere outros meios, como estar presente onde precisa. Se as decisões foram acertadas, só o tempo dirá, mas não deixam de ser inovadoras e, no mínimo, merecedoras de elogios.

Impõe limites

É o que está acontecendo nestas eleições totalmente atípicas devido à pandemia do coronavírus e se repetirá no dia da votação. Candidatos e eleitores precisam se proteger, por isso, diversos cuidados devem ser adotados como medida preventiva. Aglomerações? Nem pensar. Além disso, os itens de proteção individual são primordiais. Com tudo isso, o cidadão precisa exercer seu direito, sim, e votar. E melhor: com a certeza de que todo este sacrifício valerá a pena. 

Nunca sentido 

E 2020 não traz apenas este vírus, muitas vezes mortal, situação jamais vivida pelos brasileiros. Tem também uma primavera nunca vista, ou melhor, sentida. As temperaturas na estação das flores estão insuportáveis e assustadoras. Alguns municípios registram 10, 15 graus acima do normal. E Divinópolis deve ser um destes, só pode. Se esses termômetros cismarem de subir mais 1 ou 2 graus não sei o que será desse povo, que já vem sofrendo com tantas outras situações lamentáveis. Para o bem de todos, melhor não. Sob o risco de aparecer candidato por aí prometendo até chuva. E, no desespero, temendo até uma hipertermia, vai que alguém acredita. 

 

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